OUTRA PROVA DE A ESTRUTURA DA POLÍCIA CIVIL SER EMPREGADA PARA O FAVORECIMENTO DE BANCOS E SEGURADORAS 4

2010/05/17 at 20:29 – jow 27  DP
TJ confirma sentença que manda seguradora pagar clientes acusados de fraude

O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou sentença de primeira instância que condenou a Marítima Seguros S/A a indenizar os danos materiais e morais sofridos pelos consumidores que deixaram de receber o valor dos seguros contratados por terem sido injustamente acusados de fraude.

De acordo com a ação civil pública movida pelo Ministério Público e julgada procedente pela juíza da 11ª Vara Cível da Capital, a Marítima se recusava a pagar o valor do seguro a proprietários de carros roubados, alegando a existência de contratos privados de compra e venda de seus veículos firmados no Paraguai, ou de certidões assinadas por policiais militares do Mato Grosso, no sentido de que teriam visto o veículo atravessar a fronteira do Brasil com o Paraguai, antes da data do sinistro.

Com base nessas alegações, a Marítima acusava os clientes de crime de estelionato na modalidade de “fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro”. Os representantes da seguradora muitas vezes procuraram os segurados e os intimidavam, dizendo que se não desistissem da indenização acabariam presos e processados criminalmente. Nos casos em que o cliente não desistia de receber o capital segurado, a Seguradora procurava sempre um mesmo distrito Policial, apresentava o documento falso e pedia a instauração de inquérito policial. De acordo com o MP, a Marítima sempre forçava que a discussão se estendesse por mais de um ano, período em que prescrevia o direito do segurado. O MP identificou, só nos anos de 1999 a 2002, 61 Inquéritos Policiais em tramitação no 27º DP da Capital, instaurados a pedido da Marítima, contra os consumidores, sob alegação de fraudes.

Na ação, o MP alegou sérios indícios de que as certidões emitidas pela Polícia Militar do Mato Grosso eram falsas porque não existe efetivo controle dos ve´culos que passam pela fronteira entre o Brasil e a Bolívia. Além disso, demonstrou que os “contratos privados” celebrados em cartórios do Paraguai não possuíam valor legal.

“Diante do aviso de sinistro, a ré (Marítima) buscava soluções ilícitas para se esquivar do pagamento do capital segurado, inclusive invocando documentos estrangeiros (mormente escrituras de compra e venda falsas lavradas da República do Paraguai”, diz o acórdão do Tribunal de Justiça, cujo relator foi o desembargador Antônio Benedito Ribeiro Pinto. “Essas condutas violam mormente a boa-fé objetiva, o dever de lealdade para com o segurado”, complementa.

A decisão da 25ª Câmara de Direito Privado do TJ manteve, ainda, a parte da sentença de primeira instância que condenou a Marítima à publicação da sentença em jornal de grande circulação e à abstenção de induzir, obrigar, sugerir, constranger ou qualquer outra ação que implique renúncia ou desistência por parte do segurado consumidor do seu direito ao recebimento da indenização. “As demais obrigações de fazer e não fazer são salutares e convenientes para se evitar novas fraudes dessa estirpe”, escreveu o relator.

https://flitparalisante.wordpress.com/2009/01/29/gangue-da-porto-inseguroescrivao-teve-aposentadoria-cassada-e-delegados-recebem-o-beneficio-do-sobrestamento-do-processo-administrativo/

Um Comentário

  1. Isso não é novidade. Tenho insistido que a delegacia de roubo a bancos era utilizada para atendimento a bancos e administradoras de cartões de crédito. O ex delegado que foi para o 69º DP ganhava muito dinheiro sob pretexto de aulas e cursos dos bancos e da FEBRABAN para utilizar a máquina administrativa para atendimento especial. Faziam ainda escolta e operação pagamento de vários bancos privados com uso de viaturas, inclusive, um investigador de pré nome FÁBIO cobrava por fora e obrigava os bancos a pagar sua equipe para prender em flagrante ou instaurar IPs e recuperar mercadorias adquiridas com cartões clonados.
    .

    Curtir

  2. A polícia civil anda com um escândalo atrás de outro, trata-se de um orgão deliberadamente falido. E a culpa disso é de lideranças ao longo das últimas décadas. Foi um acúmulo de incompetência para chegar onde chegou. Hoje vemos inocentes sendo demitidos, corruptos sendo protegidos, delegacias sendo invadidas e chacotadas pelo crime, enfim, não há outro fim senão sua extinção.
    Pior é que todo esse “caos” é promovido intencionalmente pois ninguém é tão burro ao ponto de agir no comando de alguma coisa, tomando decisões auto-destrutivas sem estar bem ciente disso.

    Curtir

  3. Seu comentário está aguardando moderação.
    Dr. Guerra, como pode acontecer o que vou narrar-lhe. O sr.não vai acreditar mais ainda acontece coisas terriveis nas terra de braz cubas, que o sr. disse que é Mogi das Cruzes. O seccional João Roque Américo, que aí está a mais de um ano, vem cometendo alguns erros graves. Tem policiais afastados, que deveria estar encostado mais está trabalhado e que é pior tá cobrando acharque no comércio e dos maquininha. Quem são os policiais que deveria estar encostados. Um é o Toninho Gaginho que estava preso no PPC e agora está no primero distrito de Mogi. É o recolhedor do Dr. Marcos Batalha. Outro é o Carvalho, que está na Seccional de Mogi das Cruzes para recolher para o Dr. João Américo. não é um abisurdo dotor

    Curtir

  4. A INTENÇÃO DESSE GOVERNO ANTES DE MAIS NADA, É PERMANECER NO PODER, O ÚNICO ÓRGÃO DIFICIL DE CONTROLAR ERA A POLÍCIA CIVIL, PORÉM HÁ 16 ANOS NO PODER O PSDB CONSEGUIU O QUE QUERIA DESMORALIZAR A POLÍCIA CIVIL E CASO PERMANEÇA NO PODER VAI REDUZIR CONSIDERAVELMENTE ESSA POLÍCIA. O MINISTÉRIO PÚBLICO , AINDA QUE PROMOTORES GANHEM BEM ,CUSTA BEM MENOS QUE A POLÍCIA CIVIL.ENTÃO A LÓGICA É MANTER UMA PM , MÃO DE OBRA BARATA PRA FAZER A FAXINA E UM MP PRA ADMINISTRAR O BORDEL, POLÍCIA CIVIL PRA QUE?
    C U I D A D O I S S O V A I A C O N T E C E R!

    O GOVERNO PSDB VAI CONVENCER A POPULAÇÃO DE QUE A CIVIL E UM SACO SEM FUNDO.

    E OS DIRETORES DOS DEPTOS “BONS” QUEREM Q SE FODA!!!

    Curtir

Os comentários estão desativados.