Serra promete o que não fez 7

Ao anunciar sua intenção de criar um ministério da segurança pública caso eleito para a Presidência da República, o ex-governador de São Paulo, José Serra, mete os pés pelas mãos ao ignorar uma regra básica para quem quer colocar ordem na bagunça: fazer a lição de casa. Enquanto a violência na Baixada Santista vira assunto internacional, Serra finge que não tem nada a ver com isso e acena com uma promessa de campanha, subestimando a inteligência da população, que trabalha, paga impostos e vive assombrada pelo crime. Há 27 anos o mesmo grupo se reveza no comando de São Paulo e, em quase três décadas, o crime organizado se estabeleceu como poder paralelo, abrindo portas para facções criminosas deitarem e rolarem nas barbas dos tucanos. A promessa de Serra aconteceu no momento em que a Baixada Santista vive uma sangrenta guerra, supostamente entre facções criminosas e grupos de justiceiros, que já fez 23 vítimas, muitas delas jovens pobres, moradores da periferia e sem passagem pela Polícia. O candidato tucano à Presidência da República é o mesmo que governou São Paulo nos últimos anos. O resultado é revelado nas estatísticas da própria Secretaria da Segurança Pública: nos três primeiros meses de 2010 (e último trimestre de Serra no governo) os homicídios dolosos (quando há intenção de matar) na Baixada Santista cresceram 27% ­ foram 85 mortes ­ em relação a igual período de 2009. Em comparação com 2008, em 2009 os homicídios dolosos aumentaram 3% no Estado de São Paulo (foram 4.557); os latrocínios (roubo seguido de morte) cresceram 14%; extorsão mediante sequestro subiu de 60 para 85. O Estado registrou ainda mais de 528 mil casos de furto, 8% a mais que em 2008. Os índices de roubo chegaram a bater o recorde da década. Foram 257.004 roubos no ano passado, contra 217.967 em 2008, um aumento de 18%. Os casos de estupro (que agora incluem atentado violento ao pudor) também bateram recorde. Pularam de 3.338, em 2008, para 5.647, em 2009. Enquanto a média do Estado aumentou 3%, na Baixada o número de homicídios dolosos subiu 34%. Foram 260 assassinatos registrados em 2009, contra 194 em 2008. Em Santos, para cada grupo de 100 mil habitantes, houve 16 assassinatos em 2008 e 33 em 2009. Houve aumento também em outras modalidades criminosas (taxa de delito por 100 mil habitantes): 6.483 furtos em 2008, contra 7.386 em 2009; 3.187 roubos em 2008, contra 4.021 em 2009; 1.948 furtos de veículo em 2008, contra 2.170 em 2009. Omodelo tucano naárea dasegurança pública possibilitou a sobrevivência e o fortalecimento do crime organizado. O PSDB paga mal os agentes da lei; priva os policiais de treinamento e equipamentos básicos para exerceram a função de proteger a sociedade. Mal remunerados, mal aparelhados e mal geridos, os policiais paulistas são, muitas vezes, obrigados a fazer bico, até com a conivência de seus superiores. A recente onda de violência na Baixada Santista é um exemplo incontestável da falência da política de segurança tucana, que influi até mesmo na baixa expectativa de vida regional, a pior do Estado. A segurança pública aparece em todas as pesquisas de opinião como um dos pontos mais mal avaliados pela população. Enfrentar problema tão grave com factóides eleitorais é uma demonstração de como se gestou o fracasso em São Paulo.
leitor@atribuna.com.br

FAUSTO FIGUEIRA.
Médico, deputado estadual pelo PT e presidente da Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia Legislativa do Estado.

Comissão de Ética abre procedimento preliminar contra Tuma Jr. 3

2010/05/10 at 16:54ROLANDO LEROhttp://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u732876.shtml

10/05/2010 – 16h00
Comissão de Ética abre procedimento preliminar contra Tuma Jr.

SIMONE IGLESIAS
da Sucursal de Brasília

O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Sepúlveda Pertence, anunciou nesta segunda-feira que o órgão decidiu abrir procedimento preliminar para apurar se o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, agiu de forma irregular ao manter ligação com o chinês Li Kwok Kwen. Conhecido como Paulo Li, ele é acusado de contrabando pelo Ministério Público Federal.

“A comissão resolveu instaurar procedimento preliminar de apuração. Concedemos à autoridade [Tuma Júnior] cinco dias para prestar os esclarecimentos que entenda devidos”, disse Pertence.

O órgão também requisitou à Polícia Federal e à 3ª Vara de Justiça do Estado de São Paulo informações sobre a investigação.

O prazo de cinco dias começa a contar a partir do momento em que a comissão entrega a notificação a Tuma Jr. Pertence não informou quando o documento será enviado ao secretário. A resposta deve ser feita por escrito.

A partir das respostas de Tuma Jr., a comissão decidirá se abrirá ou não processo disciplinar contra o secretário nacional de Justiça.

Segundo Pertence, o decreto que criou a comissão possibilita que se tenha acesso a dados sigilosos do processo.

 

2010/05/10 at 16:46 

QUEM É ROMEU TUMA…..

http://os.intocaveis.com.br/

Folha de São Paulo, 28 de julho de 2000

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Luiz Estevão liga Tuma a ex-juiz

Senador do PFL nega acusações de ex-colega, cassado no mês passado

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Folha de São Paulo, 16 de julho de 2000

TRECHOS: Transcrição parcial

Assessor diz que fitas são ‘pequena parte’
Fábio Simão disse a amigos que guarda mais revelações contra familiares do senador Romeu Tuma

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RUI NOGUEIRA

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

VALÉRIA DE OLIVEIRA

FREE-LANCE PARA FOLHA .

Fábio Simão, assessor do senador cassado Luiz Estevão e diretor da rádio OK, de propriedade do ex-senador, e seu assessor de imprensa, Edson Sombra, disseram a amigos, segundo a Folha apurou, que as fitas divulgadas pela revista “ISTOÉ” são apenas uma pequena parte de um material que tem muito mais revelações sobre mais gente e, principalmente, o senador Tuma (PFL-SP) e o Tuminha (Robson Tuma/PFL-SP, filho do senador).

Sobre novas fitas, ele respondeu que a “operação abafa” não vai funcionar. Romeu Tuma e o filho, Robson, são alvos preferidos por dois motivos: pelo fato de o senador ter dito que só tinha relacionamentos protocolares com o juiz —”uma piada”, disse Sombra— e por ter sido um dos parlamentares mais ativos no processo de cassação do ex-senador Estevão.

A reportagem da Folha procurou Fábio Simão, ontem, na rádio OK.

O porteiro disse que ele não estava e que “havia dias que não o via”.

Colaborou Lisandra Paraguassú, da Sucursal de Brasília .

Documento liga Tuma a doleiros

Alguns, dos vários casos que envolvem o senador Romeu Tuma com doleiros!

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Fiel Transcrição

LUCAS FIGUEIREDO .

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando esteve à frente da Polícia Federal, Romeu Tuma —hoje senador e candidato do PFL à Prefeitura de São Paulo— não só teve relacionamento com doleiros, como se tomou “compadre” de um deles.

Na semana passada, a revista “IstoÉ” publicou trechos de supostas gravações de telefonemas do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto em que é mencionada a possível ligação de Tuma com um doleiro.

A Folha obteve documentos que demonstram que, quase dez anos atrás, a PF ignorou acusações e indícios da suposta ligação de um doleiro com um esquema que operava com contrabando de ouro e esmeraldas e intermediava verbas federais em Brasília.

O doleiro investigado, o libanês naturalizado brasileiro Habib Salim El Chater, era “compadre” de Tuma —à época, chefe da Polícia Federal (leia texto nesta página).

O caso está registrado em 121 páginas de documentos sigilosos da PF, da Polícia Civil de Goiás e do Ministério Público Federal. São cópias de depoimentos, laudos periciais e relatórios de investigação.

O início

Tudo começou em junho de 1990, quando Habib Salim El Chater comprou US$ 200 mil de outros dois doleiros— Joaquim Elias Mattar e Orion Saraiva Dutra. Os dólares vendidos a El Chater pertenciam originalmente a um “senador” ou a um “deputado”, segundo depoimentos de envolvidos no negócio.

A operação foi realizada no estacionamento do Congresso. Os dólares foram entregues dentro de “20

pacotes embrulhados com papel timbrado da Câmara dos Deputados”. Depois de fechado o negócio, H Chater descobriu que as notas eram falsas e tentou obter de volta o dinheiro utilizado para pagar os dólares. Mattar e Dutra disseram que não sabiam que o dinheiro era falso, mas se comprometeram com El Chater a trocar o dinheiro falso por US$ 200 mil verdadeiros. Mas, para isso,, precisavam de tempo.

Cinco meses após ser realizada a

operação com os dólares falsos, a PF entrou no

caso. A versão oficial é que policiais federais encontraram, por acaso, as notas falsas na casa de Mattar quando investigavam o paradeiro de dois traficantes foragidos,

A Polícia Federal então abriu o inquérito 1.267/90 para apurar a origem dos dólares falsos. O delegado designado foi Genival Batista de Souza, que operava mais na parte burocrática e que tinha pouca experiência com investigações.

Na apuração, constatou-se que Mattar e Dutra eram ligados a outro doleiro — Orlando Rodrigues da Cunha Filho. Este, por sua vez, seria sócio do então deputado federal Sérgio Naya em negócios com dólares e contrabando de esmeraldas, segundo depoimento da garimpeira e contrabandista Jane Maria Resende.

Depoimentos dados ao delegado apontaram que o suposto sócio de Naya também operava “no ramo de assessoramento de prefeituras e empresas e na liberação de verbas federais e financiamentos”. Os recursos arrecadados com o tráfico de influência seriam lavados na empresa Águia Turismo, do suposto sócio de Naya.

A contrabandista Jane chegou a confessar que vendera “12 quilos de ouro e aproximadamente cem quilates de esmeraldas” para o parceiro do então deputado fede
ral. Ou seja, na apuração da origem dos dólares falsos comprados pelo “compadre” de Tuma, o delegado da PF Genival Batista de Souza esbarrou num esquema de contrabando de ouro e esmeraldas e de intermediação de verbas públicas. Apesar disso, o delegado não investigou os indícios de contrabando de tráfico de influência, ignorando provas, indícios e depoimentos colhidos por ele mesmo sobre esses supostos crimes.

O delegado tampouco requisitou que esses supostos crimes fossem apurados em outro inquérito. Na apuração relacionada aos dólares falsos, o delegado não perguntou aos depoentes que ouviu quem seria o parlamentar supostamente envolvido no caso.

O presidente do inquérito também não questionou a nenhum dos investigados se eles tinham relações com o então deputado Sérgio Naya. Este, por sua vez, também não foi investigado.

O “compadre” de Tuma chegou a ser indiciado, mas ficou sujeito a uma pena menor que os outros envolvidos (seis meses a dois anos de prisão e multa) por ter declarado não saber que os dólares eram falsos. Ao final do caso, ninguém foi preso.

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MAIS UM DOLEIRO E “EX-COLABORADOR

Jornal “O Estado de São Paulo”, 23 de junho de 1988

Fiel Transcrição: .

Polícia Federal prende doleiro .
Conforme denúncias, este doleiro foi preso porque foi extraviada uma remessa de dólares ao exterior pertencente à uma “autoridade” da Polícia Federal. A seguir foi livre devido as ameaças do doleiro de denunciar as “verdades”.

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Um dos principais doleiros de São Paulo, o espanhol Manoel Pessino Saes, 58 anos, conhecido por Manolo, foi preso ontem à tarde pela Polícia Federal a autuado em flagrante, Juntamente com o filho e seu sócio, enquadrados na Lei dos Crimes Contra o Sistema Financeiro. No escritório de Manolo foram apreendidos US$ 116 mil. documentos e moedas de diversos países.

A descoberta de um escritório de Manolo em Brasília, na manhã de terça-feira, possibilitou, segundo os federais, a prisão em São Paulo do doleiro, de seu filho Manoel Pessino Consciência, 31 anos, também espanhol, e do sócio brasileiro Paulo Sérgio dos Santos, 41 anos. Todos os meses os três mandavam para os Estados Unidos entre US$ 600 mil a US$ 700 mil, depositados em quatro bancos de Nova York.

A empresa de Manolo, a Arauco Turismo, localizada na avenida São Luiz, 50, conjunto 32-D, no Centro da cidade, tem um sistema sofisticado de segurança. Após ter sofrido dois assaltos, o doleiro adotou todo o cuidado, instalando até mesmo um circuito interno de tevê. Os agentes da Delegacia Fazendária da Polícia Federal chegaram ao prédio pouco depois das 13 horas e desarmaram o vigilante.

Manolo e seu filho estavam conversando e não tiveram tempo para se levantar de suas cadeiras

quando os policiais entraram. Alguns minutos depois, chegou Paulo Sérgio dos Santos. Os três negaram que vendiam dólares. Enquanto uma equipe de policiais examinava gavetas, pastas, o cofre, outros três atendiam os telefones. E, durante as três horas que ali estiveram, os federais atenderam mais de 50 telefonemas da Capital, de cidades do Interior e, de outros estados, perguntando sobre a cotação do dólar e fazendo encomendas. “Houve um comerciante que pediu para reservar, até o final de semana, 50 mil dólares. Este nós sabemos quem é”, revelou um dos agentes.

No cofre havia US$, 16 mil em moeda, cheques num total de US$ 100 mil, dez talões de cheques de quatro bancos de Nova York, onde pai e filho têm conta, recibos de depósito de quantias que variavam entre US$ 400 mil a US$ 600 mil, 30 milhões de liras, trancos suíços, marcos, florins e ienes.

O delegado Marco Antônio Veronezzi, superintendente da Polícia Federal, informou ter multas provas contra Manolo e seus sócios, que viajavam para os Estados Unidos, em média, três vezes por mês. A decisão de autuar os doleiros na Lei dos Crimes Contra o Sistema Financeiro foi de Veronezzi. “O crime é inafiançável e é o que chamamos de crime do colarinho branco”, disse o delegado. Se condenados, Manoel Saes, o filho Manoel Consciência e Paulo Sérgio dos Santos poderão ficar na prisão de dois a seis anos.

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Jornal da Tarde, 16 de julho de 2000

Escândalo do TRT tira apoio de Tuma. Sorte de Alckmin
Nomes fortes do PMDB, que fechou coligação com o PFL, já ensaiam uma debandada para o lado de Alckmin.

O comando da campanha do tucano confirma a tentativa de migração.

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Jornal da Tarde, 17 de julho de 2000

Cintra faz ataque ao ‘xerife’

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Folha de São Paulo, 21 de julho de 2000

Tuma é o parlamentar mais chamado por Nicolau.

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O Estado de São Paulo, 22 de julho de 2000

Bornhausen admite desgaste da candidatura Tuma.

Governo afasta comandantes dos policiais acusados de TORTURAR E MATAR motoboy em SP “por revelarem, neste lamentável episódio, que não têm o comando da tropa 7

2010/05/10 at 15:32 – JOÃO NINGUÉM

10/05/2010 – 15h13
Governo afasta comandantes dos policiais acusados de matar motoboy em SP
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colaboração para a Folha

O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, afastou os comandantes da área de trabalho dos quatro policiais militares suspeitos de matar outro motoboy, na madurgada de sábado (8), em São Paulo.

Segundo a secretaria, foram afastados os comandantes são do 22º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano e da 3ª Companhia do 22º Batalhão. Os nomes não foram divulgados.

Ainda de acordo com o governo, os comandantes foram afastados “por revelarem, neste lamentável episódio, que não têm o comando da tropa”. A Secretaria de Segurança Pública vai apurar eventual omissão administrativa dos comandantes.

Os policiais militares presos pagaram fiança de R$ 480 cada um, no 43º DP (Cidade Ademar), mas foram presos pela Corregedoria da Polícia Militar, no dia do crime, e permanecem no presídio militar Romão Gomes. Eles serão indiciados por homicídio culposo (sem intenção de matar).

Crime

Segundo nota divulgada pela PM, os policiais avistaram, durante patrulhamento na região da Vila Marari (zona sul de SP) na madrugada de sábado (8), uma motocicleta transitando sem placa e na contramão.

O motoboy Alexandre Menezes dos Santos, 25, não teria obedecido ao pedido de parada e fugiu. Ele foi abordado na rua Guiomar Branco da Silva –em frente a sua casa– e, após resistência, os policiais aplicaram uma gravata para imobilizar Santos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, como a vítima se livrou da imobilização, os policiais aplicaram o golpe novamente, quando Santos teria perdido os sentidos. Os PMs levaram o motoboy para o hospital, mas ele não resistiu.

Outro caso

No dia 10 de abril, outro motoboy também foi morto após ser abordado por policiais militares. Na noite de 9 de abril, Eduardo Luís Pinheiro dos Santos,30, havia sido detido com outras três pessoas pelos policiais que foram atender uma ocorrência de furto de bicicleta na esquina da rua Maria Curupaiti com a avenida Casa Verde (zona norte de São Paulo). Segundo a corregedoria da PM, os suspeitos foram levados para o batalhão da PM ao invés de irem para a delegacia.

No mesmo dia, por volta da meia-noite, a vítima foi encontrada caída no chão por outros policiais na esquina da rua Voluntários da Pátria com a avenida Brás Leme, também na zona norte. O homem foi levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

Os nove policiais militares suspeitos de envolvimento na tortura e assassinato do motoboy negaram ter cometido o crime. Nos depoimentos prestados à Corregedoria da PM, todos disseram que a vítima foi morta depois que deixou as dependências da 1ª companhia do 9º batalhão, localizado no bairro Casa Verde.

O secretário de segurança pública Antônio Ferreira Pinto determinou que as polícias Militar e Civil façam a mais rigorosa apuração dos fatos na esfera administrativa e penal. Ferreira Pinto também declarou que não tem dúvidas de que a morte do motoboy foi resultado das torturas que ele sofreu de policiais militares.

TUMA EXPERIMENTA O PRÓPRIO MÉTODO DE TRABALHO – O crime organizado age assim: mata testemunhas e desmoraliza os chefes da investigação 2

MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS….

São Paulo, segunda-feira, 10 de maio de 2010

“PF cometeu abusos na minha investigação”, afirma Tuma Jr.
Secretário nacional de Justiça é acusado de ligação com a máfia chinesa em São Paulo

Tuma Jr. diz que objetivo não é investigá-lo, mas sim desmoralizá-lo e que é vítima do crime organizado e de grande armação política

Fotos Eduardo Knapp/Folha Imagem

O secretário Romeu Tuma Jr., durante a entrevista à Folha, em que disse ser vítima de armação política e do crime organizado

MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário nacional do Ministério da Justiça, Romeu Tuma Jr., diz que a investigação da Polícia Federal que vinculou seu nome ao de um suposto integrante da máfia chinesa cometeu abusos. “Não da PF, mas de pessoas da PF. Fui investigado e chegou-se à conclusão que eu não deveria ser denunciado.
O caso foi “arquivado”, afirma.
Na investigação, a PF diz que há suspeitas de que Tuma Jr.
ajudou o chinês naturalizado brasileiro Paulo Li a regularizar a situação de imigrantes ilegais e interveio para liberar mercadoria apreendida.
Li, que foi assessor de Tuma Jr. quando ele era deputado estadual, está preso desde setembro do ano passado. O secretário não foi acusado formalmente à época porque o Ministério Público entendeu que não havia provas contra ele.
Em entrevista, Tuma Jr. diz que o caso foi encerrado no ano passado e voltou à tona por causa de seus ataques ao crime organizado. “O objetivo não é me investigar, é me desmoralizar”.

FOLHA – O sr. já comprou celular e videogame contrabandeado, como sugerem as conversas gravadas?
ROMEU TUMA JR. – Eu estava em Viena e minha filha pediu para eu comprar um Wii para minha neta. Liguei para ela e disse que o Wii custava caro, 350, quase R$ 1.200. Ela me perguntou se não seria melhor comprar no Brasil. Liguei para o Paulinho.
Uma coisa que tem de ficar clara é que eu tenho um amigo que é chinês. Não sou amigo de contrabandista. Se cometeu crime, deixa de ser meu amigo.
Falei para o Paulinho: “Vê quando custa um Wii na Paulista”. Ele liga de volta: “Custa R$ 950″. Minha filha liga de novo e diz que o namorado da minha outra filha estava nos EUA, onde o Wii custa US$ 250. O jogo veio dos EUA.
FOLHA – E o celular?
TUMA JR. – Tenho esse celular há três anos, quando fui para a China. Só tem em Hong Kong.
Tem um amigo meu, diretor do Corinthians, que ficou doente com o telefone. O Paulinho me liga: “Tá vindo um primo meu de Hong Kong”. Pedi para ele comprar um telefone igualzinho ao meu. O cara trouxe o preto, não dourado. O meu amigo não quis e eu não comprei. Não é pirata. É um Motorola que só tem em Hong Kong.

FOLHA – Paulo Li é conhecido como contrabandista há alguns anos. O sr., que é delegado, não sabia disso?
TUMA JR. – Se for verdade, para mim é uma decepção. Sou policial há mais de 30 anos e tenho obrigação de conhecer quem faz coisa errada. Nunca desconfiei, até porque ele vivia numa situação difícil. Tinha um filho que estava sem emprego e eu arrumei emprego para ele no Corinthians. Ele estava tirando outro filho da escola porque estava sem dinheiro. Esse é o grande líder do contrabando?

FOLHA – A polícia diz que o sr. ajudava Li a regularizar a situação de chineses ilegais no Brasil.
TUMA JR. – Conheço o Paulinho há 20 anos e tem uns quatro e-mails em que ele pede informação sobre estrangeiros. É minha obrigação como servidor atender qualquer pessoa de uma área sob minha responsabilidade. Ele, eventualmente, pode ter pedido alguma coisa.
Mas se houve atendimento é porque estava dentro da lei.

FOLHA – Mas Li é acusado de cobrar comissão para fazer isso.
TUMA JR. – Houve uma disputa muito grande sobre a data para anistia dos imigrantes. Decidimos que seria 1º de novembro de 2008. No Congresso, um deputado fez uma emenda colocando a data para 1º de fevereiro de 2009. Isso é um absurdo.
As pessoas iriam se aproveitar para colocar imigrantes no Brasil. É criminoso. Um deputado havia montado um esquema com policiais federais na Liberdade e cobravam por atestado. Foi o Paulinho que denunciou esse esquema.

FOLHA – O sr. avisou a polícia?
TUMA JR. – Pedi um inquérito. Foi um mês antes de o Paulinho ser preso. É por isso que ele me liga no dia da prisão. Tinha medo de que não fossem policiais, mas pessoas dessa máfia.

FOLHA – Numa gravação, um assessor do sr. tenta liberar aparentemente uma carga apreendida.
TUMA JR. – É outro absurdo. Se divulgassem a conversa inteira, veriam que não é mercadoria.
São livros contábeis. Um empresário me liga e diz: “Veio um fiscal na minha loja e pegou os livros. Para devolver, ele quer R$ 30 mil.” Falei: “Vamos prender o cara”. Pedi para um assessor descobrir quem era o delegado da Receita na região. O empresário foi lá e denunciou.
Não cometi nenhum crime.

FOLHA – O sr. também é acusado de tentar ajudar a família da deputada Haifa Madi, presa com US$ 123 mil no aeroporto de Cumbica.
TUMA JR. – Recebi dezenas de telefonemas nesse caso, inclusive de pessoas do Judiciário. Me perguntavam se podia sair do Brasil com US$ 10 mil ou R$ 10 mil. Eu não lembrava. Era domingo. Liguei para um assessor e contei o caso. Quando soube que eles tinham sido presos na sexta à noite, dois dias antes, falei: “Então tá morto, tá putrefato”. O que eu queria dizer é: por que me ligam se as pessoas já estão presas?
Como fazem divulgação seletiva e criminosa dos diálogos, acham que estou dizendo que já não dá para ganhar uma nota.

FOLHA – É normal um secretário da Justiça ter esse tipo de conversa?
TUMA JR. – Sou servidor público e tenho obrigação de atender as pessoas. É natural que uma deputada ligue quando tem parentes presos. Isso não é crime.

FOLHA – Um assessor seu, Paulo Guilherme Mello, é investigado sob suspeita de ajudar a máfia chinesa. Por que o sr. não o afastou do cargo?
TUMA JR. – Ele é um policial federal e não posso prejulgar uma pessoa por uma investigação a que eu não tive acesso.

FOLHA – O sr. sabe por que seu depoimento não está no inquérito?
TUMA JR. – Isso é muito grave. Fui delegado de polícia e, se ouvisse uma pessoa num inquérito e não juntasse o depoimento, estaria na rua. Isso é crime. Não tive direito a defesa.

FOLHA – O sr. acha que essa investigação da PF cometeu abusos?
TUMA JR. – Do jeito que essa investigação está sendo tratada, é um abuso. Não da PF, mas de algumas pessoas da PF. Fui investigado e chegou-se à conclusão que não deveria ser denunciado. O caso foi arquivado.

FOLHA – Por que uma investigação de setembro veio à tona agora?
TUMA JR. – Estou sendo vítima do crime organizado e de uma armação política muito grande. Com a política que implantamos no ministério, virei símbolo do combate à lavagem de dinheiro, da cooperação internacional. Quando fui para a Comissão de Pirataria, é evidente que isso criou um desconforto.
O objetivo não é me investigar, é desmoralizar. O crime organizado age assim: mata testemunhas e desmoraliza os chefes da investigação.

Fiesp apoia projeto de reengenharia da Polícia Civil de SP 8

Segurança
 
 
 
São Paulo – 04/05/2010

Fiesp apoia projeto de reengenharia da Polícia Civil de SP

Jantar realizado nesta segunda-feira (3) marcou o início da implantação do projeto piloto nas delegacias da região de Piracicaba, no interior paulista


Da esq. p/ a dir.: Benjamin Steinbruch, vice-presidente da Fiesp; Ricardo Lerner, diretor do Deseg da Fiesp; Antonio Ferreira Pinto, secretário de Segurança Pública do Estado de SP; Paulo Skaf, presidente da Fiesp; Domingos Paulo Neto, delegado geral da Polícia Civil; Luis Donisete Campaci, prefeito de Capivari; e Oduvaldo Mônaco, diretor do Deinter 9

A Polícia Civil de São Paulo inaugurou uma nova fase nesta segunda-feira (3). Em evento realizado na sede da Fiesp, delegados seccionais e prefeitos da região 9 participaram do lançamento do projeto-piloto de reengenharia, que tem como objetivo otimizar sua estrutura e centralizar as operações.

No jantar, oferecido pelo Departamento da Indústria de Segurança (Deseg) da Fiesp, além de seu diretor-titular, Ricardo Lerner, estiveram presentes: o secretário de Segurança Pública do Estado, Antônio Ferreira Pinto; o delegado geral da Polícia Civil, Domingos Paulo Neto; o presidente e o vice-presidente da Fiesp, Paulo Skaf e Benjamin Steinbruch.

Lerner contou que no início do ano passado foi procurado por três delegados da Deinter 9 (Delegacia de Interior, região 9, de Piracicaba), interessados em desenvolver projeto de reengenharia da Polícia Civil de São Paulo.

“Este projeto pode revolucionar a forma de gestão da Polícia e servir como modelo ao Brasil”, argumentou o diretor do Deseg. Ele disse ainda que, para que o projeto tenha sucesso, será “fundamental” o apoio político dos prefeitos na implantação.

Ousadia

O diretor do Deinter 9, Oduvaldo Mônaco, defendeu que a Polícia, uma instituição centenária, precisa “ousar”. “Conhecemos inúmeras mudanças ao sabor da vontade política de cada época, nas quais o amadorismo sempre esteve presente”, ponderou.

De acordo com Mônaco, estas mudanças nunca obedeceram a critérios técnicos e administrativos, o que resultou em grandes discrepâncias na estrutura da Polícia.

Situações observadas, por exemplo, em Piracicaba, que tem sete distritos policiais para atender uma população estimada em 490 mil pessoas, enquanto o bairro de Itaquera, na Capital, dispõe apenas de um plantão policial para atendimento de 300 mil pessoas.

O delegado-geral de Polícia Civil do Estado de São Paulo, Domingos Paulo Neto, se disse surpreso com o projeto, que foi ao encontro do planejamento inicial da Secretaria de Segurança Pública do Estado. “Precisamos distribuir melhor nossos recursos”, justificou.

Reconhecida a necessidade de distribuir de forma equânime a estrutura da Polícia no estado, contratou-se uma consultoria que mapeou e avaliou oportunidades de mudanças.

“Segurança pública se faz com unidades equipadas e com pessoas motivadas a exercer esta nobre função”, comentou o delegado-geral.

Otimização

O secretário de Estado de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, destacou a necessidade de otimização dos recursos humanos da Polícia Civil e acolhida do projeto pela Fiesp.

“Conclamo a Polícia de São Paulo a levar adiante este projeto, que bateu às portas de outras instituições e encontrou apoio da Fiesp, graças ao espírito público do Ricardo Lerner (diretor do Deseg da Fiesp)”, elogiou.

O secretário reconheceu que “sozinha a Polícia Civil não terá capacidade de responder aos anseios da sociedade”.

Estímulo

O presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), Paulo Skaf, parabenizou o secretário Ferreira Pinto pelo “estímulo que vem dando ao bom policial e ao tratamento com rigor dado quando necessário”.

Skaf reiterou o total apoio da Fiesp na implantação do projeto de reengenharia da Polícia Civil e destacou o contato permanente da instituição com as forças policiais do estado. O Deinter 9 reúne 51 municípios da região de Piracicaba e engloba uma população de 3 milhões de habitantes.

Estiveram presentes ao evento os seguintes prefeitos: Ademir Alves Lindo, de Pirassununga; Antonio Benedito Salla, de Brotas; Emilio Bizon Neto, de São Sebastião da Grama; Palmínio Altimari Filho, de Rio Claro e Luis Donisete Campaci, de Capivari.

Lucas Alves, Agência Indusnet Fiesp

QUALQUER MOTIVO SERVE…

10 de maio de 2010 | N° 16331 ZERO HORA

FIM DE CARREIRA

Chefe deixa Polícia Civil após sumiço de pistola

Episódio, que ainda não está esclarecido depois de 74 dias, ajudou a desgastar João Paulo Martins

O delegado João Paulo Martins não é mais o chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Com 32 anos de serviço, Martins ruma para a aposentadoria, que deve ser publicada no Diário Oficial do Estado. O principal motivo para a saída de Martins é o desaparecimento de sua pistola funcional, em 24 de fevereiro. Setenta e quatro dias depois, o episódio não foi esclarecido.

Martins pediu para sair. É a versão oficial. Nos bastidores, porém, sabe-se que a história é um pouco mais delicada. O delegado, que já foi corregedor-geral da corporação, teria sido pressionado a deixar o cargo desde que o suposto furto de sua Taurus calibre.40, publicado na página 3 de ZH, se tornou público.

O desaparecimento da pistola, que leva um brasão do Estado do Rio Grande do Sul e o nome da Polícia Civil gravados na lateral direita do cano, tem pelo menos duas versões oficiais.

De acordo com Martins, antes de ingressar no prédio da Secretaria da Segurança Pública, na Rua Voluntários da Pátria, para um encontro com o secretário Edson Goularte, ele acomodou sua pistola no soalho do Focus utilizado pela Chefia de Polícia. Polido, Martins evita transitar com pistola na cintura em alguns prédios públicos para não constranger interlocutores.

O lapso se iniciou quando o delegado retornou ao veículo, no final daquela manhã, e não teria pego a arma. Ele só se daria conta de que não estava com a pistola às 14h30min do mesmo dia, já em seu gabinete.

Martins não sabia, mas logo após o almoço, o motorista – cujo nome o delegado prefere preservar – havia deixado o veículo no pátio da Divisão de Transportes da Polícia Civil para que fosse lavado. Ao ingressar no carro, por volta das 15h, a pistola havia sumido.

Na semana passada, uma hipótese diferente se tornou pública. Martins passou a admitir que a arma talvez tivesse sido levada quando o veículo estava estacionado no pátio da Secretaria da Segurança Pública. No prédio, trabalham presos em regime semiaberto. Em consequência, duas equipes de policiais civis estão rastreando os passos desses detentos. Uma delas chegou a receber dica com nome do homem que teria furtado a arma e inclusive do traficante que a teria comprado, na zona sul de Porto Alegre. Até agora, apesar da pressão que sabidamente a polícia faz nesse tipo de episódio, a pistola não reapareceu.

Pedido de prisão de coronel pode ser outro motivo

Outra hipótese para a saída seria o pedido, na sexta-feira, da prisão preventiva do ex-chefe da Casa Militar do Palácio Piratini, coronel Joel Prates Pedroso, de acordo com o blog Direto da Fonte (www.zerohora.com/diretodafonte), do jornalista jornalista Giovani Grizotti. O coronel foi indiciado no suposto envolvimento no desvio de telhas da Defesa Civil. Segundo Grizotti, fontes do governo apontam que Yeda Crusius teria ficado irritada porque só foi comunicada do caso pelo ex-chefe de Polícia após o pedido de prisão entrar na Justiça. A governadora teria pedido a Martins para que avocasse o inquérito, ou seja, assumisse a investigação, mas não houve tempo.

Uma terceira possibilidade é a recente animosidade envolvendo delegados e promotores que trabalharam na investigação da morte do ex-secretário municipal da Saúde Eliseu Santos. O Ministério Público apontou aquilo que considera um elenco de falhas no inquérito sobre esse assassinato, num desgaste que se tornou público. Todos os delegados consultados por ZH são unânimes: um embate com o MP seria incapaz de derrubá-lo.

Por enquanto, o cargo será ocupado pelo subchefe, Álvaro Chaves

DELEGADO CAMARADA?…O delegado José Carlos Chedid Junior arbitrou fiança para os quatro PMs por crime culposo 19

Zona Sul

PMs são presos por matar motoboy em São Paulo

Publicada em 10/05/2010 às 12h43m

O Globo, Bom Dia São Paulo, SPT

SÃO PAULO – Um motoboy de 25 anos foi morto por policiais militares depois de ser seguido até a porta de casa na Vila Marari, na Zona Sul de São Paulo. O crime teria ocorrido na madrugada de sábado, por volta de 3h40m. Alexandre Menezes dos Santos estaria dirigindo uma moto Honda CG, sem placa. De acordo com a polícia, ele estava na contramão e em alta velocidade e não obedeceu o sinal para parar. A família do motoboy diz que a moto estava sem placas porque ele havia acabado de comprar e que deve ter ficado com medo, por isso fugiu.

Na porta da casa, o rapaz teria reagido à abordagem dos PMs. Segundo a secretaria de Segurança Pública, Santos ele lutou com os soldados, que pediram reforço. Outros dois PMs chegaram ao local e um deles aplicou uma “gravata” em Santos. O motoboy conseguiu se soltar, mas depois foi imobilizado novamente pelo mesmo golpe. Porém, desmaiou. “Durante a abordagem, após luta corporal com os policiais e em função do uso de força física excessiva praticada por estes, o civil foi lesionado no pescoço”, explicou nota da PM.

A mãe do rapaz diz que ouviu o pedido de socorro do filho e tentou impedir que os policiais continuassem a bater nele.

– Pedi de joelho, parem de bater no meu filho, meu filho nao está respirando. Tentei pegar o capacete e eles disseram ‘não mexe aí’, contou a mãe, Maria Aparecida de Oliveira.

O rapaz foi levado para Pronto-Socorro do Hospital Sabóia. Morreu por traumatismo, hemorragia interna e asfixia.

Um soldado que teria colocado o rapaz na maca disse que, ao chegar no hospital, viu que o motoboy estava armado, com uma pistola calibre 357 na cintura, fato que os PMs não perceberam durante a abordagem.

– Como é que bate meia hora e só foram achar a arma depois que chegaram no hospital e tiraram a roupa dele? – indaga a mãe.

Os quatro PMs do 22º Batalhão foram presos e autuados em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), por ter havido excesso de força física. Foram detidos nove horas depois do episódio.

A ocorrência foi registrada no 43º Distrito Policial. O delegado José Carlos Chedid Junior arbitrou fiança para os quatro PMs, mas eles estão recolhidos no Presídio Militar Romão Gomes, à disposição da Justiça. A Corregedoria da Polícia Militar acompanhou o registro do caso. O delegado solicitou exame necroscópico para para o cadáver, além de perícia na moto e na arma encontrada com o motoboy. Segundo a secretaria de Segurança Pública, a causa da morte de Santos será investigada.

Em 28 de abril, a Justiça Militar decretou a prisão de 12 policiais militares acusados de torturar e matar outro motoboy , Eduardo Luiz Pinheiro dos Santos, de 30 anos. A agressão aconteceu na noite do dia 9 de abril, dentro de um quartel da Polícia Militar, ao lado do 13º Distrito Policial (Casa Verde), na Zona Norte de São Paulo.

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Que o Criador nos livre dos bandidos e de policiais desse tipo.

PMs de Alckmin espancam motoboy até a morte na frente da mãe

2010/05/10 at 13:01 – A A A A

olha aí a pm trabalhando
Saiu no Agora, na primeira página :
PMs de Alckmin espancam motoboy até a morte na frente da mãe
“Alexandre dos Santos, 25 anos, foi agredido em frente à sua casa, em Cidade Ademar (Zona Sul) . Segundo os policiais, que estão presos, ele foi abordado porque, na contramão, tentou fugir na sua moto sem placa.”

Segundo a mãe de Alexandre, “foram 30 minutos de pontapés e socos”.

“Entregador de pizza e pai de uma menina de três anos, Santos morreu por asfixia e traumatismo craniano.”

A corporação diz que houve “uso excessivo de força”.

“Nos primeiros três meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2009, o número de pessoas mortas em confronto com policiais militares cresceu 40%.”

Foram 146 mortes em 2010.