REPERCUSSÃO NEGATIVA INTERNACIONAL – São Paulo: Esquadrão da morte formado por militares 3

18 Abril 2010 – 00h30

São Paulo: Esquadrão da morte formado por militares

Polícia procura assassinos a soldo

A Polícia Metropolitana de São Paulo está a levar a cabo uma autêntica caça ao homem para tentar prender membros de um esquadrão da morte, composto por homens da Polícia Militar, que actua na área metropolitana da capital paulista. O grupo terá morto, por encomenda, entre muitas outras pessoas, pelo menos três agentes da Judiciária e dois da Militar.

O último agente da Judiciária a ser executado foi Douglas Yamashita, morto com vários tiros, nos arredores de São Paulo, na passada terça-feira.

O autor dos disparos, um ex–soldado da Polícia Militar, acabou por ser ferido por Yamashita e foi detido ao procurar tratamento num hospital.

De acordo com fontes da investigação, o ex-soldado é um dos principais assassinos do esquadrão. Julga-se que só ele terá assassinado nos últimos tempos pelo menos oito pessoas, chegando a várias dezenas o total de vítimas. Uma delas poderá ter sido o coronel José Hermínio, assassinado numa avenida de São Paulo, há dois anos. O soldado preso servia nessa altura sob as ordens do coronel, que terá descoberto a existência do esquadrão e que tentava desarticulá-lo.

Domingos G. Serrinha Correspondente São Paulo  –  Correio da Manhã de Portugual
 

SARGENTO “TOPETUDO” FALA UM MONTE DE ASNEIRA…MAIS UM SEMI-ANALFABETO DIPLOMADO EM DIREITO VOMITANDO ARROGÂNCIA…TORTURANDO E FORJANDO FLAGRANTES 16

Domingo, 18 de abril de 2010 – 08h39  Gangue do Topete
Grupo é suspeito de prisões ilegais e tortura no interior de São Paulo

G1

O Ministério Público de São Paulo apura denúncias de abusos de autoridade, ameaças de morte, agressões, torturas, toque de recolher, rachas com carros oficiais, forjamento de drogas, prisões ilegais e invasões a domicílios sem mandados judiciais em Potirendaba, a 443 km da capital paulista.

Os crimes, segundo as denúncias, foram praticados por uma milícia armada apelidada de “Gangue do Topete”, formada por guardas municipais, policiais civis e militares que trabalham na cidade de 15 mil habitantes.

Recentemente, a prefeitura comprou dos Estados Unidos 11 pistolas de choque não letais para serem usadas pela Guarda Municipal, o que assustou ainda mais as vítimas da gangue. De acordo com a Coordenadoria de Segurança do município, a arma “age diretamente sobre o sistema nervoso central, paralisando a pessoa por alguns segundos até que o guarda consiga imobilizá-la”.

Entre os alvos dos “topetudos” estão moradores, trabalhadores rurais que vivem do cultivo e coleta da cana-de-açúcar, milho e café, além de pessoas suspeitas por tráfico de drogas ou que já tiveram passagens pela polícia. Todos temem que o aparelho, entregue oficialmente no dia 21 de março, seja usado de modo indiscriminado pelos guardas. Dos 16 homens treinados para utilizar a pistola, três são investigados por suspeita de tortura.

No dia 3 de março, o promotor Rodrigo Vendramine já havia pedido a instauração de inquérito policial na Delegacia Seccional da região de São José do Rio Preto para investigar irregularidades cometidas por agentes da força de segurança em Potirendaba. O procedimento foi aberto a partir de dez denúncias feitas à Ouvidoria das polícias.

As corregedorias das polícias Militar e Civil também apuram o caso, mas no âmbito administrativo, porque os 13 suspeitos são funcionários públicos. A prefeitura informou que vai apurar as denúncias contra a Guarda Municipal. O comando da Polícia Militar em Potirendaba negou as acusações. O delegado da cidade e o responsável pela guarda não foram localizados para comentar o assunto.

A reportagem esteve em Potirendaba e constatou que os seis policiais militares, quatro policiais civis e os guardas-civis municipais citados nas denúncias como suspeitos de cometer excessos durante as abordagens continuam a trabalhar nas ruas. Questionada, parte da população confirmou as denúncias de agressões.

Alguns cidadãos ainda elogiaram a ação policial na cidade ao justificar que a truculência reduzia o tráfico. Outros moradores criticam o que chamam de violência gratuita da polícia e encaminharam um abaixo-assinado com cerca de 50 nomes no início deste ano à Câmara Municipal. O documento pedia providências e foi entregue à prefeita Gislaine Montanari Franzotti (PMDB). Ela não foi localizada para comentar o assunto.

As denúncias foram feitas à Ouvidoria, por telefone e e-mail, no período entre 16 de dezembro de 2009 e 17 de fevereiro deste ano. As vítimas dos policiais e guardas são dois irmãos que afirmam ter apanhado, a mãe deles, uma testemunha que diz ter visto a agressão, a mulher de um ex-detento que reclama da casa invadida e um catador de material reciclável que alega ter sido torturado num canavial.

Radialista foge da cidade

Um radialista de 36 anos afirmou que abandonou Potirendaba e foi morar na capital do estado após ter sido agredido, detido injustamente com o irmão, um ciclista de 38 anos, e ficado preso com ele por um mês sob a acusação de tráfico.

“Ficamos no Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto porque os policiais plantaram droga no meu carro. Tudo começou no dia 24 de outubro (de 2009). Eu vi que policiais militares deram um cavalo de pau e atropelaram meu irmão, que estava de bicicleta. Depois, eles deram uma gravata nele e falaram para ele não passar por uma estradinha porque já era noite e ele devia estar em casa. Perguntei qual o motivo daquela agressão e os policiais partiram para cima de mim também. Me agarraram no pescoço, me bateram e desmaiei. Algumas testemunhas viram tudo. Depois fui levado à delegacia algemado e acabei preso sob a acusação de traficar drogas. Eu não fumo nem cigarro, nunca tive passagem pela polícia e a PM forjou 25 cápsulas de cocaína no meu carro. Depois fomos soltos”, relata o radialista, que responde ao processo de tráfico contra ele em liberdade.

“Esses policiais do Bando do Topete são terroristas, arruaceiros. Eles ficam fazendo arruaça e fazendo terror na cidade. Eles abordam pessoas que não têm nada a ver. Eles seguem pessoas com o farol das viaturas apagado. Jogam a viatura em cima das pessoas. Eles querem fazer ‘marvadeza’, ganhar nome, subir de cargo. Faz 18 anos que moro aqui e meus filhos apanharam deles. Ficaram presos 30 dias. O mais velho estava morando numa chácara. Estavam seguindo com farol apagado. Derrubaram ele da bicicleta. Tem mais gente que está apanhando, mas muita gente tem medo de denunciar”, disse a mãe do radialista.

Testemunha coagida

O servente de pedreiro de 22 anos já foi detido por desacatar um guarda civil municipal em 2008. Depois disso, afirmou que viu policiais militares baterem em crianças numa praça de um bairro de Potirendaba. No dia 17 de fevereiro deste ano, ele afirmou que teve a casa invadida pela PM. Armados e usando gás pimenta, os policiais o agrediram e pediram para ele mudar o depoimento que daria na Corregedoria da PM.

“Os policiais viviam aqui no bairro agredindo todo mundo. Aí o radialista filmou a agressão contra a molecada. Eu vi e me coloquei como testemunha. Os policiais invadiram minha casa, disseram para eu mudar o depoimento senão matariam eu e minha família. Eu disse que não mudaria o depoimento e apanhei”, afirmou o servente, que ainda foi preso. “Os policiais me acusaram de agressão, ameaça e resistência à prisão.”

De acordo com o servente, ele não conseguiu registrar boletim de ocorrência na delegacia contra os policiais. “Me disseram que as vítimas eram eles, e não eu.”

Dona de casa tem imóvel invadido

A dona de casa afirma que as invasões aos imóveis do bairro Buracão são rotina. Ela disse que a PM entra sem qualquer mandado judicial nas casas.

“O Bando do Topete chega sem dó nem piedade. Bate o pé na porta da gente toda vez que alguém é roubado no centro da cidade. Acham que somos nós, só porque somos pobres. No meu caso é pior porque fico marcada por ser casada com um ex-detento. Ele trabalha hoje e já pagou o crime que fez na cadeia”, disse a jovem de 21 anos.

Parte da opinião pública do município está dividida: há quem apoie uma ação mais truculenta dos agentes de segurança. Procurados, os policiais militares negaram as acusações.

“Tem que apanhar mesmo”, disse a dona de casa Marli Ribeiro, 44. O sitiante Valter Manoel Pereira, 62, aprova a ação da polícia em Potirendaba.

Providências

O ouvidor das polícias, Gonzaga Dantas, informou que nenhum agente de segurança tem o direito de agredir suspeitos. “Todas as denúncias que chegarem serão encaminhadas aos órgãos competentes e vamos cobrar providências”, disse.

“Inicialmente pedi para apurar abuso de autoridade que pode estar ligado à suposta tortura, furto e direção perigosa”, disse o promotor Rodrigo Vendramine. “A população precisa de uma resposta porque mexeram nos maiores temores. Não posso confiar em quem devia confiar.”

O sargento Nilton Garcia de Oliveira, comandante da PM em Potirendaba, afirmou que as denúncias foram feitas por traficantes e negou as acusações.

Quando eu pego um produto ilícito dentro da sua casa eu não preciso de mandado. Abordar pessoas na rua não pede mandado. Se eu entender que você está num local errado, na hora errada e seu comportamento for suspeito, eu vou te abordar. Isso é legal. É só pegar o Código de Processo Penal e ler. Independente de mandado. Eu conheço a Constituição, graças a Deus, eu sei quando eu posso e quando eu não posso entrar. Agora, se eu entrar na sua casa sem mandado e eu sair de lá com 1 kg de maconha ou não sei o quê, você está preso, meu amigo. Eu não preciso de mandado. Vai ser autuado, com certeza. Mas se eu entrar na sua casa, por livre e espontânea vontade, e não encontrar nada de ilícito, opa, aí eu cometi abuso. Nossa consciência está tranqüila. Não existe isso. Não há abuso nenhum, certo? Em nenhum momento. Nossas ações são legais. Eu sou formado em Direito. Eu tenho 22 anos de policial. Então eu sei me conduzir e sei conduzir o trabalho da polícia”, afirmou o policial.

Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Militar condena incursões da PM em quaisquer residências sem mandado judicial, mesmo em casos de denúncias. A exceção à regra se faz em duas situações: quando houver flagrante de crime ou para prestar socorro a alguém.

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O Sargento arrola testemunhas civis – vizinhos , por exemplo – antes de ingressar em domicílio de “suspeitos” para a realização de buscas?

Não, né?

Deve ser pelo fato de em tais  ocasiões nunca se encontrar única alma para “testemunhar”…

O “resto” não vale nem comentar…

Esse  Sargento “é o cara”!

A REESTRUTURAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL FOI SEPULTADA…A PORTARIA DO DGP ( Portaria DGP – 22, de 16-4-2010) É MERO CONSOLO 26

MENSAGEM DA PRESIDENTE DA ADPESP

Colegas,
 
Soubemos que o projeto de reestruturação havia retornado da Secretaria de Gestão Pública para a Delegacia Geral de Polícia e fomos então buscar notícias e informações oficiais, obtendo cópia do despacho exarado pelo setor técnico da Secretaria, onde do projeto original, pouco (ou nada) restou.
 
Um exame ainda superficial do “texto”, sugere o sepultamento do projeto, portanto, diante desse fato novo, novas ações devem ser implementadas.
Estaremos nos reunindo com a Diretoria Executiva, com o Departamento Jurídico e de Comunicação, além do SINDPESP para traçarmos novas estratégias, haja vista a nossa insatisfação com o tratamento que nos tem sido dispensado, ferindo nossa DIGNIDADE.
 
Se de um lado a frustação com o falecimento do projeto nos aborrece, de outro “desmascara” a tentativa de nos ludibriar enviando textos daqui para ali e dali para acolá se esvaiu de vez…
 
Gostaria de, mais uma vez, agradecer aos colegas que se debruçaram sobre a questão da “inamovibilidade” e ao DGP que “abraçou” a proposta, transformando-a em Portaria que deve ser publicada amanhã no DOE, que surge como bálsamo para nos motivar a dar continuidade na nossa luta árdua, estafante, desigual e “quase” inglória, não fosse a força e a confiança dos colegas.
 
Vamos iniciar uma nova etapa no nosso movimento, considerando que o principal objetivo da Operação Padrão era o projeto…
 
Vamos definir com inteligência, estratégia e união nossos próximos passos, contando agora, quem sabe, com TODOS os colegas que se posicionaram contrários ao nosso movimento, haja vista que caminhamos para um trágico fim onde apenas haverão “estrelas” e não “cadeiras”….
E “estrelas” não são para civis…
 
Um abraço e força a todos…
 
Marilda – ADPESP 2010

POLICIAIS CIVIS DA CAPITAL FORAM DESTACADOS PARA GARANTIR A INTEGRIDADE DO RADIALISTA JOÃO ALCKMIN, VÍTIMA DE AMEAÇAS E DOIS ATENTADOS CONTRA A VIDA PRATICADOS POR CRIMINOSOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 13

17.04.2010 23h.50  
  Radialista ameaçado de morte                     O radialista João Alckmin chegou e saiu escoltado por policiais da Capital, nesse sábado, 17, para fazer seu programa, Show Time, na Rádio Piratininga de São José dos Campos.
 
  por Redação  
     
  O radialista foi jurado de morte pelo crime organizado após denunciar a fabricação e funcionamento de máquinas caça níqueis na cidade e a remessa delas para o Estado do Espírito Santo, envolvendo policiais; – Muitos criminosos contam com cobertura de pessoas conhecidas e de políticos. Nada parece amedrontar o crime organizado instalado no maior pólo tecnológico da América Latina.

A Cidade do Avião é hoje local preferido pelos marginais que atuam em diversas atividades como roubos de cargas, assaltos, tráfico de drogas, exploração da prostituição, máquinas caça níqueis, fabricação e distribuição de cds piratas e muito contrabando que é depositado e comercializado em lojas no centro e nos bairros, muitas delas sem alvará de funcionamento.

Tudo a vista da Fiscalização Municipal, Estadual, Federal, Ministério Público, Judiciário, Polícia.

Acobertados pela impunidade, os criminosos se tornaram tão ousados que foi preciso a presença de policiais civis da Capital para garantir a vida do radialista João Carlos Alckmin.