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Sob constrangimentos, Senado deve aprovar Toffoli

Em sabatina, oposição fustigará indicado de Lula para STF 

Valter Campanato/ABr 

A oposição reserva ao advogado José Antonio Toffolli uma sabatina dura na Comissão de Justiça do Senado. 

Advogado-geral da União até esta quinta (17), Toffolli foi indicado por Lula para o posto de ministro do STF. 

Reza a Constituição que os candidatos à toga do Supremo precisam ostentar três requisitos: 

1. Ser brasileiro com mais de 35 anos; 

2. Ter reputação ilibada; 

3. Ser dotado de notório saber jurídico. 

Nunca antes na história desse país um presidente da República indicara para o STF um advogado com a jovialidade de Toffolli, 41 anos. 

Nada tão inusitado, contudo. Celso de Mello e Marco Aurélio Mello chegaram ao tribunal com 43 anos. 

O primeiro, sob José Sarney, em 1989. O segundo, sob o primo Fernando Collor de Mello, em 1990. 

Não há notícia de que Toffolli tenha contra contra si alguma pendência judicial. Estaria cumprido o requisito da reputação. 

É no item “notório saber” que a situação do doutor se complica. Não possui doutorado nem mestrado. Não levou à prateleira nenhum livro. 

E, pior: tomou bomba num par de concursos públicos. O indicado de Lula sonhara tornar-se magistrado. Foi às provas em 1994. Reprovado. Nova tentativa em 1995. Bombado de novo. 

De resto, Toffolli carrega atrás de si um rastro de serviços prestados ao petismo. Advogou para o PT em três campanhas de Lula (1998, 2002 e 2006). 

Antes de chegar à Advocacia da União, servira à Casa Civil, numa época em que a pasta era chefiada pelo grão-petista José Dirceu. 

“O perfil de Toffolli foge ao padrão dos outros sete indicados de Lula para o STF”, disse ao blog o senador José Agripino Maia (RN), líder do DEM. 

“Todos os outros indicados eram pessoas sem vinculação estreita com o PT e com notório saber jurídico…” 

“…A única figura que foge a esse perfil é o doutor Toffolli. Em princípio, isso não é razão para veto. Mas também não é motivo para voto. Temos uma sabatina no meio”. 

Agripino completa o raciocínio: “Lula resolveu indicar um amigo do peito para ministro do Supremo, um jovem de 41 anos…” 

“…Essa é uma verdade incontestável, que o Senado, evidentemente, terá de apreciar. E vai apreciar”. 

A sabatina é parte do rito de nomeação para STF. Aprovado na Comissão de Justiça, o nome de Toffolli terá de passar também pelo crivo do plenário. 

Ali, o candidato precisa amealhar pelo menos 41 votos dos 81 disponíveis. O escrutínio é secreto.

Mesmo os senadores da oposição consideram improvável que o Senado rejeite a indicação de Toffolli. 

Mas prevêem que o preferido de Lula para arrostar no plenário o constrangimento de uma votação miúda. 

Uma vez referendado, Toffoli vai ao STF como sétimo ministro indicado por Lula num colegiado de 11. 

Foram oito os indicados. Mas o último, Carlos Alberto Menezes Direito, morreu. É na cadeira dele que Lula deseja ver acomodado Toffolli. 

Um pedaço do STF também torce o nariz para o provável futuro ministro. As restrições não são vocalizadas em público. Mas soam à farta entre quatro paredes.

“Vejo como um desprestígio ao tribunal a indicação de alguém que suscita dúvidas quanto ao saber jurídico”, disse ao repórter, sob reserva, um dos ministros. 

“Tampouco me parece apropriada a escolha de alguém cuja vinculação partidária é tão inequívoca. O presidente dispunha de nomes com outro perfil…” 

“…Entre eles, juízes respeitáveis do STJ, a mesma Corte de onde viera o ministro Menezes Direito, a quem muito estimávamos”. 

O futuro colega de Toffolli antecipou um “constrangimento” a que será submetido o potencial novo ministro:

“Que comportamento adotará quando o Supremo tiver de julgar o processo do mensalão?…” 

“…Vai atuar como juiz num caso em que figuram como réus amigos e até um ex-chefe [José Dirceu]? Decerto que não. Terá de declarar-se impedido”.

Escrito por Josias de Souza às 05h21

Um Comentário

  1. E ainda há quem acredite que PT e PSDB são adversários. Estão unidos. Revezam-se gostosamente no poder, numa deliciosa promiscuidade…

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  3. O presidente da republica escolhe quem ele quiser para ser ministro do supremo e o governador escolhe entre os membros do mp para chefiarem os delegados e oficiais da pm….

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  4. Assim essa gente da imprensa me ofende. E daí que o cara foi reprovado nos dois primeiros concursos para magistrado que prestou em sua vida? “NOTÓRIO SABER JURÍDICO” SIGNIFICA NASCER SABENDO? Não se esqueçam de que Gilmar Mendes é um fazendeiro que se auto-proclamou jurista (ou seja: não nasceu um “douto doutô”), e com o escândalo da venda de diplomas de doutorado que estourou na Alemanha nos anos 90, o “notório saber jurídico” de boa parte dos doutos doutores de diversos tribunais brasileiros perdeu um pouquinho da credibilidade. Mas ninguém questiona. Aliás, esses jornalistas da mídia passam num vestibular série B, se formam, puxam sacos aqui e ali e conquistam seu espaço. Nunca enfrentaram as barras dos concursos públicos com o estômago embrulhado pela perspectiva de sua vida depender daquela aprovação – assim como a gente atual do STF não sabe o que é fazer quatro ou cinco coisas ao mesmo tempo: Trabalhar, procurar outro emprego, estudar para poder continuar no atual trabalho, estudar para um concurso, estudar na faculdade… com exceção de Joaquim Barbosa (filho de pedreiro). Esgotamento pelo trabalho e pelo estudo (simultâneos!) da semana anterior – é isso que um concurseiro “Highlander (ou Jedi)” enfrenta.
    E daí que o cara ainda não escreveu um livro? A vida é curta e o tempo passa rápido. O presidente da república mais incompetente e desqualificado que o Brasil já teve em sua jovem democracia estudou na Sorbonne (Paris III) e escreveu meia dúzia de livros – e foi substituído, com algumas vantagens, por um metalúrgico. Então é isso: “Notório Saber Jurídico” para a mídia e para os “anciãos” é ter nascido em família que pôde manter seu pupilo estudando sem trabalhar. Só filho de rico pode isso.
    E daí que o cara é petista? A indicação por parte do Presidente é política, mas a votação dentro do congresso obedece as regras do Estado Democrático de Direito. E eu não sei se vocês perceberam, mas o Menezes Direito era um jurista católico conservador auto proclamado. Substituí-lo pelo Toffoli é vantagem.
    Então que venha José Antônio Toffoli. Eu, pessoalmente, prefiria a Débora Duprat, mas esta também terá sua chance.
    ps: já fui reprovado em três concursos – dois militares. E daí?

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