O SECRETÁRIO DEVE REFORMULAR OS CRITÉRIOS PARA A INSCRIÇÃO E ADMISSÃO AO CURSO SUPERIOR: PRIVILÉGIO DE BACANAS OU ENCOSTADOS… DELEGADO DURANGO DO INTERIOR NÃO PODE FAZER O CURSO E MORRE NA 1ª CLASSE 4

DELEGADOS DEIXAM CURSO COM PMS E ACABA INTEGRAÇÃO EM SP
 
Quinta-Feira, 27 de Agosto de 2009 | O Estado de S. Paulo
 
Secretário critica decisão e defende ampliação da formação conjunta
 
A integração das Polícias Civil e Militar de São Paulo acabou. Dez anos depois de sua adoção, o projeto que previa a união dos centros de comunicação, formação conjunta nas academias e delegados e capitães dividindo salas se desfez paulatinamente. O mais novo golpe contra a integração, uma alternativa à unificação das polícias criada no governo Mário Covas (PSDB), foi dado pela cúpula da Polícia Civil. Ela decidiu abandonar o curso de formação integrado de delegados e oficiais, símbolo maior da política que é parte do plano do governo.
“A integração morreu, está morta”, disse o presidente da Associação dos Delegados de São Paulo, Sérgio Roque. Trata-se, segundo ele, de um cadáver insepulto, pois ninguém no governo assume o atual fracasso do que era um dos pilares da política de segurança pública do Estado. A rivalidade entre as instituições e os conflitos sobre o futuro das carreiras policiais ajudaram a torpedeá-la.
Em junho, a cúpula da Polícia Civil fez um estudo para justificar a separação do Curso Superior de Polícia (CSP). Com duração de um ano, o curso é condição para que o policial seja promovido para o último degrau das carreiras policiais – delegado de classe especial ou coronel. Os seis primeiros meses são feitos em separado. O segundo semestre era integrado, com aulas na Academia da Polícia Civil e no Centro de Aperfeiçoamento e Estudos Superiores (Caes) da PM. Assim ocorria desde 2001, mas, neste ano, a Polícia Civil descobriu que a prática era cara e sem sentido.
Assinado pelo delegado-geral adjunto, Alberto Angerami, o relatório que condenou a integração diz que a parte conjunta do curso teria atividades de pouco interesse para os civis. Como autoridades policiais, não faria sentido aos delegados aprender em conjunto com os oficiais. O fim da integração reduziria o CSP para seis meses, o que significaria uma economia de R$ 64 mil para o Estado, o equivalente a 3,5 carros populares. Os 15 delegados que faziam o curso foram avisados sobre o fim das aulas na PM e só devem entregar a monografia no fim do ano.
DESGASTE
Delegados ouvidos pelo Estado dizem que há algumas razões para o encerramento da formação conjunta. A primeira delas é que o clima entre as corporações piorou muito depois do conflito em frente ao Palácio dos Bandeirantes durante a greve da Polícia Civil em 2008. “O clima azedou por completo”, disse Roque, um dos líderes da greve e homem próximo da atual cúpula da Polícia Civil.
O segundo motivo seria o fato de os delegados acusarem a PM de bombardear a Proposta de Emenda Constitucional 549 (PEC), que transformaria o delegado em carreira jurídica, com vencimento idêntico ao do Ministério Público – hoje o salário de delegado é vinculado ao dos oficiais. “O lobby da PM bombardeou a PEC no Congresso. Um dos argumentos que eles usaram para derrubá-la foi que faziam o curso superior de polícia com a gente”, disse um delegado que está no CSP.
A decisão de romper a integração pegou a PM de surpresa. No Caes as vagas no curso estavam à espera dos delegados. Quando ninguém apareceu em julho, o diretor de Ensino da PM, coronel Luiz Roberto Arruda, encaminhou documento ao comandante da PM, coronel Álvaro Batista Camilo, dizendo que parar a integração era repetir erros do passado, “quando se entendia que comprar viaturas era mais importante que capacitar recursos humanos da polícia”.
Camilo procurou o secretário da Segurança, Antônio Ferreira Pinto. Por escrito, o secretário disse que os argumentos da Polícia Civil eram “inconsistentes e pífios”. Ele lamentou que delegados “desprezem uma sadia integração” e disse que, em vez de ocorrer só no CSP, ela devia começar nas academias de formação dos novos delegados e oficiais. Por fim, Ferreira Pinto indicou que vai regulamentar a questão em 2010, pois não havia até agora resolução ou decreto que instituísse a obrigatoriedade do curso conjunto.
‘É um retrocesso’, diz coronel da PM
Classe defende ensino conjunto para melhorar segurança pública
O presidente do Clube dos Oficiais da Polícia Militar, coronel Luiz Carlos dos Santos, defendeu ontem a continuidade da formação integrada de coronéis e de delegados de classe especial. Ao lado do ex-comandante-geral da PM Carlos Alberto de Camargo, Santos afirmou que a posição da Polícia Civil “é um retrocesso”. A convivência no Curso Superior de Polícia (CSP) entre pessoas que vão, em breve, comandar as duas instituições é considerada fundamental por Santos e Camargo.
A integração facilitaria o planejamento conjunto, tornaria mais eficiente a aplicação de recursos e evitaria desentendimentos e rivalidades que prejudicam a segurança pública. “Pensamos a polícia como uma área de conhecimento científico, não como alternativa de concurso público para bacharel em Direito”, disse Camargo.(grifo nosso)
Além deles, o comandante do clube dos oficiais da reserva da PM, coronel Hermes Bittencourt Cruz, também defendeu a integração. “A PM deseja a integração e não criará empecilho a essa política. Nós não criaremos problemas para o governo ou para a sociedade”, disse.
Inaugurada em 1999, a integração serviria para melhorar o desempenho das polícias. A primeira medida foi a compatibilização das áreas de delegacias e companhias da PM. Delegados e capitães se tornaram responsáveis por um mesmo território, onde planejavam em conjunto o combate ao crime.
Reuniões trimestrais comandadas pelo então secretário Marco Vinicio Petrelluzzi eram feitas para cobrar o cumprimento de metas de queda nos crimes. Quem não trabalhava em conjunto não era promovido. “A conjuntura da época nos fazia crer que a integração faria a polícia mais eficiente”, disse Petrelluzzi. Em 2001, os comandos das polícias e a secretaria passaram a ocupar um mesmo prédio, no centro de São Paulo, para que o exemplo fosse seguido pela base. Em vez disso, a integração ficou estagnada e até o edifício no centro foi esvaziado pela PM.

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Poderiamos dizer quase a mesma coisa: A POLÍCIA NÃO DEVE SER VISTA  COMO  MERA ALTERNATIVA DE CONCURSO PÚBLICO PARA QUEM COMPLETOU O ENSINO MÉDIO E BUSCA UMA CONFORTÁVEL CARREIRA DE OFICIAL  –   SEM A NECESSIDADE DE ESTUDAR CINCO ANOS INVESTINDO TEMPO E DINHEIRO COMO TODOS OS DEMAIS MORTAIS –  GANHANDO VENCIMENTOS SEM CONTRAPRESTAÇÃO, MAIS  SUBSÍDIOS PARA  LIVROS, TRATAMENTO DE SAÚDE, APARELHOS ORTODÔNTICOS E  CONTAGEM DO TEMPO DE FORMAÇÃO COMO EFETIVO EXERCÍCIO…

O OFICIALATO PARA A GRANDE MAIORIA É UMA GRANDE MAMATA…

UMA EXCELENTE ALTERNATIVA PARA QUEM NÃO É CHEGADO AO BATENTE…

NA ACADEMIA JÁ SÃO INICIADOS NA ARTE DE ENGANAR A SOCIEDADADE…

UMA CASTA BEM REMUNERADA APENAS PARA ESTUDAR.

A excelência fica por conta  –   como tudo nesta terra miserável –  de um  pequeno número de abnegados. 

Por último, que ciência policial  é essa que os estudiosos torturam , matam e, também, se deixam corromper?

Que ciência  é essa que se presta para a bajulação de políticos em troca de cargos ou para a  gestão de  firmas de segurança de duvidosa confiabilidade.  

Um Comentário

  1. Também, com um Secretário de Segurança que é “mais feio por dentro do que já é por fora”, e, ainda, egresso da PM e do MP, não poderíamos esperar outra coisa senão a desvalorização ainda maior da Polícia Civil!!!

    Isto sem contar que o Pintinho, filho do Secretário Pinto, está no Barro Branco (enquanto a Segurança está no ‘barro marrom’ mesmo).

    Neste caso, reconheço que agiu muito bem a tal “cúpula” da Instituição.

    A integração é importante, mas mesmo sob o aspecto eminentemente técnico, não faz sentido misturar Delegados e Oficiais.

    O conhecimento técnico-jurídico de um Delegado de classe especial (futuro Seccional, Divisionário, Diretor ou mesmo DGP) nada tem a ver com a formação de um soldado com mais estrelas no ombro chamado de Coronel.

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  3. FALOU BONITO O DELATA UNO.

    PERMITA-ME APENAS UMA CORREÇÃO: NÃO É BARRO BRANCO, É BERCÁRIO DOS FILHOS DE OFICIAIS. VAI LÁ PRAVER, É FILHO DO CORONEL TAL, MAJOR TAL E ASSIM POR DIANTE. E COMO O DR GUERRA FRISOU, UM POSTO DE ENSINO MÉDIO ONDE NÃO É PRECISO RALAR CINCO ANOS PARA SE TORNAR BACHAREL EM DIREITO. MAS, O QUE SE PODE ESPERAR DE UM SECRETÁRIO QUE SAIU DAQUELE BERCÁRIO, QUE ADORA A PM E ODEIA A CIVIL. UM CARA QUE TEM A CORAGEM DE IR AOS JORNAIS E NOS CHAMAR DE INÉPTOS E LETÁRGICOS? AO MENOS ELE TEM A CORAGEM DE DIZER O QUE PENSA! EMBORA SEJA MERDA!!! E OS DELEGADOS QUE “COMANDAM” NOSSA INSTITUIÇÃO? CADÊ UM COM CORAGEM PARA DAR A RESPOSTA A ESSA DECLARAÇÃO INÉPTA DO SECRETÁRIO MILITAR DE SEGURANÇA PÚBLICA? EU NÃO SOU NINGUÉM NA ORDEM DO DIA, MAS, SE FOSSE DIRIGENTE DA INSTITUIÇÃO, PORUMA QUESTÃO DE OMBRIDADE E SOLIDARIEDADE AOS SUBORDINADOS, IA LÁ NO GABINETE DELE E COLOCAVA O CARGO À DISPOSIÇÃO E MANDAVA ELE ENFIAR A CADEIRA NO COFRE!!! OFICIAL SEJA DE QUALQUER PATENTE FOR, NA RUA É TUDO “SEU GUARDA”! CORONEL PRÁS NEGAS DELES! E NO QUARTEL É CLARO, ONDE SE ACHAM DEUSES! AGORA UM DELEGADO DE POLÍCIA NA RUA É SEMPRE CHAMADO DE DOUTOR E O INVESTIGADOR NO MÍNIMO DE “TIRA” OU DE POLICIAL E NUNCA DE “SEU GUARDA OU COXINHA”!!! CERTÍSSIMA A DECISÃO DOS DELEGADOS EM NÃO PARTICIPAR DE CURSOS JUNTO COM OS INIMIGOS. E ESSE “SEU GUARDA” QUE AFIRMOU SER UM RETROCESSO, NÃO DEVERIA CRITICAR POIS ELES SÃO TÃO RETRÓGRADOS QUE AINDA USAM ESPADA!

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