QUEM É O DELEGADO CORREGEDOR SUSPEITO DE AJUDAR ACUSADO DE ACHACAR “EL NEGRO” 7

Enviado por JOW  em 21/08/2009 às 9:08

Corregedor é suspeito de ajudar investigado

Ele teria revelado informações a acusado de achacar El Negro

Bruno Tavares e Marcelo Godoy

Um delegado da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo é suspeito de ter revelado informações sigilosas para um dos policiais acusados de achacar R$ 260 mil do traficante colombiano Ramón Manuel Yepes Penágos, conhecido como El Negro. Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep) pediram ontem à 18ª Vara Criminal, onde corre processo contra os policiais acusados do achaque, que seja aberto inquérito policial contra o delegado suspeito.

De acordo com ofício feito pelo delegado-corregedor Mauro Gomes da Silva, que presidia o inquérito sobre a extorsão, o delegado foi flagrado telefonando duas vezes para um dos acusados, o investigador Antônio Aparecido Silva, o Batata, de quem seria amigo. Em um dos telefonemas, Batata pede ajuda para que o delegado cuide de seus pais. Em outro, o delegado teria dito ao policial que era melhor ele “não ir lá”, se não ele ia ser “repreendido”.

A suspeita dos promotores é de que o delegado tenha avisado o investigador que ele seria preso. O Gecep quer saber se outros dados sigilosos vazaram. O delegado suspeito foi afastado da corregedoria assim que a diretora do órgão, Maria Inês Trefiglio Valente, foi informada das conversas monitoradas – ela já havia instaurado apuração sobre o caso.

Batata, o amigo do delegado, foi um dos quatro investigadores do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) que tiveram a prisão preventiva decretada pela 18º Vara sob a acusação de achacar El Negro e de tomar R$ 300 mil da mulher de um grande empresário. A Justiça negou o pedido de prisão contra um quinto policial do Denarc. Os cinco haviam sido indiciados pela Corregedoria e denunciados pelo Gecep por achaques.

Preso por eles em 2008, El Negro teria pago para que sua verdadeira identidade não fosse revelada – ele foi mandado para a cadeia como se fosse Manoel de Oliveira Ortiz, mineiro de Borda da Mata. A mulher de um grande empresário de São Paulo também foi vítima dos mesmo policiais e obrigada a pagar R$ 300 mil.

SOLTO

O investigador Nilton César de Azevedo, um dos quatro policiais que tiveram a prisão decretada sob a acusação de extorquir o traficante El Negro, foi solto por decisão da 15ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. O pedido de liminar feito pela advogada Tânia Lis Tizzoni Nogueira havia sido indeferido pelo desembargador relator Pedro Gagliardi sob o argumento de que “em face da grande repercussão jornalística deste caso, é bom que a liminar seja apreciada em conjunto pela Turma Julgadora”. A decisão de revogar o decreto de prisão contra o investigador foi tomada pelo próprio relator e pelos desembargadores Aloísio de Toledo César e Ribeiro dos Santos.

NÚMEROS

R$ 260 mil
foi o valor exigido de El Negro pelo policial

4 investigadores
tiveram a prisão preventiva decretada sob a acusação de achacar o traficante

R$ 300 mil
foram tomados pelo grupo da mulher de um grande empresário

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PARA UM AMIGOS TUDO, PARA OS INIMIGOS “NEM O PROCEDIMENTO LEGAL”…

Em desfavor de  inimigos ensinam  criminosos  armar enredos, inclusive.  

Um Comentário

  1. È facil saber. Basta quebrar o sigilo telefônico do Investigador Batata e ver as ligações efetuadas. Se há a suspeita, alguém deve ter ouvido o lingua preta falando. Então é só refinar a busca pela data. Quem será em Guerra, vc tem algum palpite.

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  2. em caráter excepcional, desde 19 de agosto de 2009, o Dr.
    CAETANO PAULO FILHO – RG 8.618.632, Delegado de Polícia de
    1ª classe, padrão IV, lotado na Delegacia Geral de Polícia, classi-
    ficado na CORREGEDORIA, para exercer a função de Delegado
    Divisionário de Polícia da Divisão de Sindicâncias Administrati-
    vas da CORREGEDORIA, fazendo jus nos termos do artigo 33 da
    referida Lei Complementar nº 207/79, ao pagamento da diferen-
    ça entre os vencimentos de seu cargo 1ª classe padrão IV e os
    do cargo de Classe Especial padrão V, e a gratificação de “pro
    labore” de 12% calculada sobre o valor do respectivo padrão de
    vencimento, de conformidade com o artigo 6º da Lei Comple-
    mentar nº 731, de 26 de outubro de 1993, cessados os efeitos da
    Portaria que o autorizou em caráter excepcional, para exercer a
    função de Delegado Divisionário de Polícia da Divisão de Crimes
    Funcionais da CORREGEDORIA, ficando em conseqüência ces-
    sados o “pro labore” correspondente e a classe superior. (DGP-
    4704-P). Republicada por ter saído com incorreções.
    em caráter excepcional, desde 19 de agosto de 2009, o Dr.

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  3. Que moral esta corregedoria arrumada pelo Secretário querendo dar falsa impressão de moralização ve se escolhe a dedo seus Policiais

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  5. LADRÃO

    Gatuno, larápio, falsário
    Lotando o cenário, botando já pelo ladrão
    Levou o pertence do otário
    Que é como ele chama o pacato, seu concidadão

    Aqui nessas bandas tá assim de ladrão
    Aqui nessas bandas tá assim de ladrão
    Aqui nessas bandas tá assim de ladrão
    Aqui nessas bandas tá assim…

    O que rouba escondido, o que sai foragido
    O que superfatura, mas jura que não
    O mais “falcatrua”, tá solto na rua
    Com cheque, medida de proteção

    Ladrão de gravata, ladrão de casaca
    Ladrão de maleta assaltando a nação
    Ladrão bumerangue é ladrão de palanque
    Ninguém mais agüenta, ladrão de ladrão
    Ladrão, ô ô

    Punguista, vigário, corsário
    Farsante, notário com notas da contravenção
    Ladrão com sigilo bancário
    Bandido de toga, ladrão que dá voz de prisão

    Irmão trambiqueiro, partiu pro estrangeiro
    Lavar o dinheiro da congregação
    Com toda essa lama abalando a estrutura
    Cadê a viatura pra tanto ladrão?

    Pra começo de conversa estão com grana e pouca pressa
    “Nêgo” quebra a dentadura mas não larga a rapadura
    “Nêgo” mama, se arruma, se vicia e se acostuma
    E hoje em dia tá difícil de acabar com esse ofício

    Tanto furo, tanto rombo não se tapa com biombo
    Não se esconde o Diabo deixando de fora o rabo
    E pros “homi” não tá fácil de arrumar tanto disfarce
    De arrumar tanto remendo se tá todo mundo vendo

    Ivan Lins – (2000)

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