AGORA É TARDE…O DOENTE VIROU DEFUNTO 7

Serra diz que secretário se empenhará em apuração de denúncias de Abadia

Traficante colombiano acusa policiais do Denarc e do Detran de corrupção.
Para Ferreira Pinto, um caso como esse deve ter ‘prioridade absoluta’.

 Do G1, em São Paulo 

O governador de São Paulo, José Serra, afirmou nesta segunda-feira (15) que o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, se empenhará pessoalmente na investigação das denúncias feitas pelo traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia contra a polícia paulista. O Fantástico teve acesso a um vídeo no qual o traficante, quando ainda estava preso no Brasil, faz denúncias contra investigadores e delegados.

“Eu pedi ao secretário que chamasse para si todos os termos dessa investigação, para que a gente redobre o rigor para poder chegar aos responsáveis. O secretário, que é uma pessoa bastante firme, vai se empenhar pessoalmente nessa averiguação. Para que cheguemos naqueles que se corromperam em prejuízo do interesse público”, disse o governador durante evento no Palácio dos Bandeirantes.  

O secretário afirmou que irá se reunir com a corregedora para definir as prioridades da investigação. “Essa prestação de conta será tardia, porque não se consegue que um caso tão grave quanto esse fique tanto tempo sem solução e sem responsabilidade dos autores. Um caso como esse deveria ter prioridade absoluta”, afirmou. Ferreira Pinto garantiu que uma das metas de sua pasta será fortalecer a Corregedoria da Polícia de São Paulo. 

Acusações  

Mesmo longe do Brasil desde agosto do ano passado, quando foi extraditado, Abadia ainda é o foco de uma das principais investigações da corregedoria. Antes de ir embora, ele fez uma série de denúncias contra investigadores e delegados. O Fantástico teve acesso à peça principal da investigação, que é um vídeo de 47 minutos. Entre uma mordida e outra em um lanche, Abadia diz que, em vez de prendê-lo, policiais agiram como bandidos.

“Eu perguntava: ‘Quem são? São bandidos?’ Falaram: ‘Não, nós somos Denarc. Somos policiais’”, diz Abadia, na gravação.

Denarc é o Departamento de Investigações sobre Narcóticos, principal departamento da Polícia Civil de São Paulo de combate ao tráfico de drogas. Abadia prestou o depoimento em outubro de 2007, no prédio da Justiça Federal, em São Paulo. Ele estava preso há dois meses e acreditava que as informações o ajudariam a ir logo para os Estados Unidos: “Estou fazendo esta colaboração com a Justiça com o fim de ser extraditado rapidamente”.

Durante os três anos em que se escondeu no Brasil, Abadia montou um império: mansões, fazendas, barcos de luxo. Ele já era um dos bandidos mais procurados do mundo, fez várias cirurgias plásticas e usava nome falso: Antônio.

Interrogado por promotores, o traficante diz que os policiais começaram a exigir propina em 2006, cerca de um ano antes de ser preso. “Os policiais me falaram: ‘Trabalhamos com vários traficantes, com colombianos. (Eles) nos dão mesada’”. 

Sequestro  

Abadia falou ainda sobre o suposto sequestro de um comparsa: Henry Lagos, o Patcho. De acordo com o traficante, o prédio do Denarc serviu de cativeiro e policiais queriam US$ 1 milhão, cerca de R$ 2 milhões.

“Tenho certeza que eram policiais. Falaram: ‘Se você não trouxer o dinheiro, então vamos matar esse cara’”, conta Abadia no vídeo.

Depois de muita negociação, de acordo com Abadia, o valor caiu para US$ 300 mil e o “acerto” poderia ser feito em cocaína. Ramirez Abadia contou que o resgate foi pago em dinheiro vivo e que deixou os US$ 300 mil em uma esquina, dentro de um carro, bem próximo do prédio do Denarc. O colombiano, acusado de mandar matar mais de 300 pessoas, revelou que teve medo de ser assassinado pelos policiais corruptos.

“Ficamos de olho no carro. Falamos (para) que eles pegassem no carro. Não vamos entregar nas mãos, porque vão nos matar a todos e ficam com o dinheiro”, lembra Abadia.

Henry Lagos, o Patcho, foi solto e fugiu para a Argentina. Daniel Maróstica, um comparsa de Abadia que chegou a ser preso, deu os mesmos detalhes do suposto sequestro. Ele ainda alegou ter presenciado conversas entre os policiais. Teria havido uma discussão porque um dos policiais chamou o outro pelo nome: Pedro.

Pedro seria o delegado Pedro Pórrio, segundo o Ministério Público. No ano passado, ele foi transferido da delegacia de combate às drogas. Atualmente, ele está na delegacia do idoso. Na sexta-feira (12), a reportagem não o encontrou no trabalho. Por telefone, ele negou as denúncias e preferiu não gravar entrevista. 

Abadia relata ter sofrido cinco extorsões que chegariam a quase R$ 2 milhões. Três policiais do Detran – o departamento de trânsito – também são acusados pelo colombiano de cobrar propina. O traficante conta ter dado R$ 55 mil aos funcionários do Detran, que, segundo ele, eram da mesma “engrenagem” do grupo de corrupção do Denarc.

Depois do depoimento de Abadia, o Ministério Público encaminhou as denúncias para a Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo. Um ano e oito meses depois, quase nada foi feito, de acordo policiais que acompanham o caso de perto e preferem o anonimato.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o delegado Caetano Paulo Filho é o responsável pela investigação. Segundo ele, detalhes do caso não podem ser divulgados para não comprometer o trabalho realizado até agora.

Nos Estados Unidos, Juan Carlos Ramirez Abadia pode ser condenado à prisão perpétua. Aos 47 anos, o colombiano tem audiência marcada com a Justiça americana no mês que vem. Sobre a corrupção no Brasil, o traficante diz ter falado tudo. “Falei tudo que sabia. A verdade é tudo”.

Um Comentário

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  2. Senadores assumem O ESTADO POLITICO DO PAÍS “SOMOS TODOS CORRUPTOS”

    Nunca na história da sua milicância política o senador José Sarney (PMDB-AP)-[Apê, mas com um jeitão de castelo em Portugal] gaguejou tanto!

    Hoje à tarde, usando a tribuna do Senado, Sarney gaguejou tanto que deu a impressão de que a qualquer momento cantaria:

    Blo… blo… blo… blogueiros, em mim fi… fizestes um estrago
    Eu de neeeervoso tô fi… fi… ficando gago
    Não po… posso su… suportar a… a… cru… cru…
    Crueldade , que… que… que… que ma… ma… mal… maldade
    Vi… vi… vi… vivo sem afa… fa… afago
    Tem pe… pena desse moribundo
    Que já vi… vi… virou
    Va… va… vagabundo
    Só… só…
    Por ter so… so… sofri… frido
    Tu… tu… tu… tu… tu…
    Tu tens um co… co… coração fu… fu… furibundo

    Blo… blo… blo… blogueiros em mim, fi… fizestes um estrago
    Eu de nervoso tô fi… fi… fi… ficando gago
    Não po… posso su… suportar ca… ca… cru…
    crueldade
    Da sacanagem, que… que… que… que ma… ma… maldade
    Vi… vi… vivo sem afa… fa… afago
    O meu co… co… coração tu me estragaste
    E de… po… pois
    Tu me ma… ma… mataste
    A tu… tua cru… cru… eldade é pro… pro…
    profunda
    Tu… tu… tu… tu… tu… tu… tu vais
    Fi… fi… ficar corcunda!

    Em seguida o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) [Psdb, mas com cara de Arena] assumiu a palavra e concluiu:

    “Somos todos corruptos!”

    E, acometido de lucidez momentânea, sugeriu:

    “Esse Senado não serve mais nem pra Incitatus, tem que acabar!”

    * * *

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  3. LULA O NOVO “AGUIA DE HAIA”,

    Lula é ovacionado de pé na OIT, PIG na internet “não sabe”
    Atualizado em 00:29 Publicado em 15 de junho de 2009 às 23:52

    São 23h40. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta segunda-feira sua visita a Genebra, na Suíça. Discursou e arrancou aplausos em dois braços da ONU – o Conselho de Direitos Humanos e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

    Na capa dos portais dos três principais jornais do país, Globo, Folha e Estadão, NADA, NADA, NADA.

    Em compensação, no portal da BBC Brasil a viagem de Lula é manchete; às 21h44 era citado quatro vezes na capa.

    Primeiro, Lula foi aplaudido no Conselho de Direitos Humanos da ONU. “Eu tenho notado que em algumas campanhas políticas o maior instrumento da direita é dizer que vai diminuir a imigração para garantir o emprego no seu país”, afirmou o presidente em notícia publicada na BBC Brasil. “Não podemos permitir que a direita em cada país utilize o imigrante como se ele fosse um mal da nação ocupando o lugar de uma pessoa do próprio país. Nós não podemos permitir que essa visão ideológica tenha lugar no mundo do trabalho. Essa é uma luta muito difícil. Muitas vezes os próprios trabalhadores culpam os imigrantes. Então não é uma luta fácil, mas é uma luta que somente o movimento sindical pode assumir e defender com unhas e dentes.”

    Depois, ao discursar na plenária da OIT, Lula foi aplaudido seis vezes – e ovacionado de pé ao final de sua participação – ao criticar duramente o modelo econômico pregado pelo neoliberalismo e defender um Estado forte capaz de amparar os cidadãos em um momento de crise econômica.

    “Primeiro teve o Consenso de Washington e depois o neoliberalismo, que disse que o Estado tinha de ser o mínimo possível, porque o mercado resolvia qualquer problema. Mas no meio da crise, a quem é que os bancos americanos, os bancos alemães recorreram? Ao Estado. Porque somente o Estado tinha garantia e credibilidade de fazer aquilo que o mercado não conseguia fazer”, disse Lula, arrancando aplausos da plateia.

    Para ler a notícia na íntegra, vá ao site da BBC

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  4. PENSAMENTO PARA OS PROXIMOS DIAS.

    “EM 2010 TODOS PODEREMOS ESCOLHER ENTRE EXPANDIR OS MÉTODOS DO GOVERNO PAULISTA PARA TODO O PAÍS, OU PROSSEGUIR NA DEMOCRACIA.”

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  5. CABO ASSASSINO e TRAIDOR quer indenizaçao pelas atrocidades cometidas,

    A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça está às voltas com o processo mais rumoroso em seus quase oito anos de existência: o de José Anselmo dos Santos, conhecido como cabo Anselmo.

    Hoje com 67 anos, trata-se do mais célebre dos militantes da resistência à ditadura militar que trocaram de lado, passando a atuar (segundo o jargão dos próprios órgãos de segurança) como cachorros da repressão, incumbidos de armar ciladas para os companheiros.

    O cabo Anselmo havia sido o principal agitador da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil no período que antecedeu a quartelada de 1964. Depois do golpe, passou vários anos foragido, esteve em Cuba treinando guerrilha e, de regresso ao Brasil, militou na luta armada contra o regime militar, ao mesmo tempo em que colaborava com a repressão da ditadura, atraindo seus companheiros para emboscadas.

    Eis como Élio Gaspari relatou, em A Ditadura Escancarada, uma de suas missões:

    “A última operação de Anselmo, na primeira semana de janeiro de 1973, (…) resultou numa das maiores e mais cruéis chacinas da ditadura. Um combinado de oficiais do GTE e do DOPS paulista matou, no Recife, seis quadros da VPR. Capturados em pelo menos quatro lugares diferentes, apareceram numa pobre chácara da periferia. Lá, segundo a versão oficial, deu-se um tiroteio (…). Os mortos da VPR teriam disparado dezoito tiros, sem acertar um só. Receberam 26, catorze na cabeça. (…) A advogada Mércia de Albuquerque Ferreira viu os cadáveres no necrotério. Estavam brutalmente desfigurados”.
    Quando seu verdadeiro papel ficou evidenciado, ele passou a viver sob a proteção dos órgãos de segurança, que lhe proveram remuneração e fachada legal sob identidade falsa. De vez em quando, para aumentar os ganhos, concedia entrevistas que foram publicadas com destaque na grande imprensa e até viraram livros.

    O processo do cabo Anselmo tramita desde 2004 na Comissão de Anistia e ainda não tem julgamento marcado; na página virtual da Comissão há referência a um segundo pedido que ele protocolou em 2005 e foi definitivamente indeferido pelo colegiado.

    Defendendo seus interesses na rede virtual de extrema-direita, ele escreveu: “Não aceito a decisão da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça de empurrar o julgamento do meu pedido de anistia para o próximo governo”.

    Não há, claro, nenhuma decisão formal neste sentido, apenas rumores aos quais talvez tenha dado crédito e sobre os quais ingenuamente (ou demagogicamente) se manifesta.

    Quanto às entrevistas que, nas últimas décadas, concedeu a Marco Aurélio Garcia, Octavio Ribeiro (Pena Branca) e Percival de Souza, vangloriando-se de suas ignomínias, agora Anselmo alega que teve a sua versão “completamente adulterada e deturpada”, pois o que nelas admitiu não convém ao seu propósito atual de obter a anistia.

    ESTIGMA DA INFÂMIA – O programa de anistia federal foi criado para oferecer reparações àqueles que sofreram danos físicos, psicológicos, morais e profissionais em decorrência do estado de exceção vigente no Brasil entre 1964 e 1985.

    Conseqüentemente, caso o cabo Anselmo tenha sido um militante revolucionário até meados de 1971, só então mudando de lado, sua vida foi mesmo afetada pelo arbítrio instaurado no País, a despeito do juízo moral que façamos de quem chegou a se gabar numa entrevista de haver causado a morte de “cem, duzentos” idealistas que combatiam a ditadura e o tinham como companheiro.

    Ou seja, se o poder não tivesse sido usurpado por um grupo de conspiradores em 1964, o cabo Anselmo continuaria presumivelmente servindo a Marinha, ao invés de se tornar um homem que há décadas carrega o estigma da infâmia e precisa viver escondido no próprio país. Daí o seu direito formal à reparação que está pleiteando.

    No entanto, esse programa foi uma tentativa de reequilibrar os pratos da balança, depois que a Lei da Anistia de 1979 passou uma borracha no passado, equiparando carrascos e vítimas.

    Naquele momento, os vitoriosos impuseram aos vencidos as condições para a pacificação: libertariam presos políticos e deixariam os exilados retornarem ao País, desde que os assassinatos, torturas e atrocidades cometidos ou consentidos pela ditadura ficassem para sempre fora do alcance da Justiça.

    O Governo FHC, não podendo ou não ousando remediar essa situação, resolveu, pelo menos, remendá-la, concedendo compensações financeiras aos humilhados e ofendidos.

    Daí o mal-estar causado pela impudência com que o cabo Anselmo pleiteou benefício de vítima, após ter sido um dos maiores vilãos do período.

    Do ponto-de-vista moral, é chocante vermos um ser tão decaído lado a lado com cidadãos dignos e sofridos; do ponto-de-vista legal, provavelmente não haverá como expulsar esse estranho do ninho.

    COOPTADO OU INFILTRADO? – A menos, claro, que se consiga comprovar a tese sustentada por vários de seus ex-colegas da Armada: a de que o cabo Anselmo desde o primeiro momento serviu à comunidade de informações, como agente infiltrado nos movimentos de esquerda.

    Alegam, primeiramente, que ele tudo fez para radicalizar os movimentos dos subalternos das Forças Armadas – fator decisivo para que a oficialidade decidisse quebrar seu juramento de fidelidade à Constituição, passando a apoiar os conspiradores.

    Logo após o golpe, Anselmo pediu asilo na embaixada mexicana. Mas, embora fosse uma das pessoas mais procuradas do País, resolveu sair andando de lá, sem ser detido.

    Algum tempo depois foi preso, exibido como troféu pela ditadura… e logo transferido para uma delegacia de bairro, na qual, diz Gaspari, “Anselmo fazia serviços de telefonista, escrivão e assistente do único detetive do lugar”.

    A situação carcerária do ex-marujo, continua Gaspari, não cessou de melhorar:

    “Com as regalias ampliadas, era-lhe permitido ir à cidade. Numa ocasião surpreendeu o ministro-conselheiro da embaixada do Chile, visitando-o no escritório e pedindo-lhe asilo. Quando o diplomata lhe perguntou o que fazia em liberdade, respondeu que tinha licença dos carcereiros. O chileno, estupefato, recusou-lhe o pedido”.
    Finalmente, sem nenhuma dificuldade, Anselmo deixou a cadeia em abril de 1966. Nada houve que caracterizasse uma fuga: apenas constataram que o hóspede saíra e não voltara.

    Foi para Cuba e só retornou ao Brasil em setembro de 1970, iniciando no ano seguinte sua trajetória de anjo exterminador.

    Se ficar estabelecido que o Anselmo sempre foi um agente duplo, Anselmo não fará jus à anistia federal; mas, claro, os antigos comandantes do Cenimar, Deops e órgãos congêneres dificilmente atestarão que ele já estava na sua folha de pagamentos antes da quartelada de 1964.

    Caso tenha realmente sido um perseguido político até 1971, seus direitos não são anulados pelas indignidades posteriores.

    O certo é que as chamadas provas circunstanciais não bastam para privá-lo da reparação a que moralmente não faz jus.

    Então, é provável que a Comissão de Anistia tenha de engolir esse sapo gigantesco: deferir o pedido de um indivíduo infame a ponto de causar a morte da companheira que engravidara (a paraguaia Soledad Barret Viedma), tendo considerado mais importante garantir o massacre de seis revolucionários do que salvar sua amante e a criança que ela concebia.

    Anselmo foi responsável pela cilada que causou a prisão, torturas e morte de José Raimundo da Costa, o Moisés, executado na Casa da Morte de Petrópolis (RJ).

    Dirigente da Vanguarda Popular Revolucionária, o Moisés foi um dos companheiros de militância por quem tive amizade pessoal, daí minha repulsa e desprezo por seu carrasco.

    Ele conhecia e estimava o cabo desde que participaram juntos dos movimentos de marinheiros. Conversando comigo, chegou a rechaçar as acusações que o PCB fazia a Anselmo, qualificando-as de tão fantasiosas quanto as que o partidão lançara contra Lamarca.

    Pagou muito caro pela confiança irrestrita que tinha no cabo, de quem só reprovava o vedetismo e a puerilidade.

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  6. Kassab divulga pagamentos de até R$ 143 mil e servidores vão à Justiça
    .
    2.418 pessoas (50% da Educação) receberam mais que os R$ 12,3 mil pagos ao prefeito; governo alega razões diversas

    Um professor de ensino fundamental e médio do município de São Paulo teve no mês de maio vencimento bruto de R$ 143 mil. Entre os 147 mil contratados na administração direta, mais de 2.418 pessoas receberam em maio vencimentos acima de R$ 12,3 mil – salário pago ao prefeito Gilberto Kassab (DEM). Somente na Secretaria Municipal da Educação, 1.255 servidores receberam mais que o teto no mesmo período.

    Veja também:

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    TCM e Câmara não divulgam os salários

    Assembleias aumentaram salários de diretores de 5 das 6 empresas municipais

    Em Finanças, 40% ficaram acima do teto

    Os dados foram divulgados ontem na internet pela Prefeitura no portal De Olho nas Contas, como uma das medidas de transparência prometida por Kassab no dia de sua posse. Em vez de esclarecer sobre os valores da folha de pagamento no município ou de apontar possíveis supersalários, a exposição dos vencimentos brutos dos servidores causou revolta na categoria, que vai entrar na Justiça contra a medida. Pela lista, fica impossível saber o que se trata de salário bruto e o que são vencimentos com incorporações diversas, como casos de indenizações trabalhistas, reposições salariais referentes à década de 80, evolução funcional e pagamentos atrasados.

    “A Prefeitura expôs desnecessariamente os servidores, já que muitos dos valores divulgados vêm de disputas judiciais travadas há anos. A medida coloca ainda os funcionários sob ameaças de roubo e sequestro. Os professores ganham aquilo que foi estabelecido em lei”, diz o vereador Cláudio Fonseca (PPS), presidente do Sindicato dos Professores Municipais.

    A alimentação do portal de Olho nas Contas é feita automaticamente pelo sistema de pagamento municipal, sem que haja separação entre o que é salário e o que se refere a indenizações, vencimentos ou pagamentos de precatórios. Casos de funcionários que receberam valor alto em um único mês por terem entrado com ação na Justiça, por exemplo, foram misturado aos valores de salários brutos da maioria dos funcionários.

    Outras associações ligadas aos servidores já entraram ontem com ação judicial para retirar do site as informações, alegando que a divulgação dos nomes, cargos e salários constitui “invasão de privacidade”. A Prefeitura afirma que o “questionamento dos sindicatos não se justifica porque a folha de pagamento é pública, princípio consagrado em decisões judiciais”.

    Cláudio Lembo, secretário de Negócios Jurídicos, defende a medida. “A transparência sempre causa terremotos, ninguém gosta da verdade. O que é mais importante? É saber as despesas da Prefeitura, dar publicidade aos gastos ou evitar que esses números sejam publicados? Se você quiser, pode omitir, fazer como o Congresso, como o Senado”, disse Lembo. O secretário afirma acreditar que todos os vencimentos estejam de acordo com o teto do funcionalismo. “Nessa lista há pagamentos de precatórios, de 13º e de férias. Não acredito que tenha gente acima do teto. Mas eventuais distorções podem ser corrigidas. Agora é o momento.”

    AUMENTO DOS SECRETÁRIOS

    Um mês antes de fazer a divulgação dos salários dos servidores, Kassab cogitou junto a alguns vereadores a possibilidade de enviar um projeto de lei para ampliar o teto do prefeito e dos seus 22 secretários para R$ 19 mil. Alguns vereadores, porém, advertiram o prefeito sobre o desgaste junto a opinião pública de um aumento no teto de 54,4%, índice maior que a reposição salarial de qualquer categoria do funcionalismo.

    Na avaliação de lideranças do DEM e do PSDB ouvidos ontem pela reportagem, o prefeito, ao divulgar o salário dos servidores, diminui o impacto negativo que a futura proposta de aumento do teto dos secretários pode causar. Aliados também consideram que o prefeito vai conseguir capitalizar uma boa imagem ao tentar divulgar os salários, mesmo que a medida seja suspensa pela Justiça. “Pelo menos o prefeito vai ter a chancela de dizer que tentou fazer algo que nunca seus antecessores pensaram por medo de retaliações da categoria”, afirmou um aliado do DEM.

    BRUNO PAES MANSO, DIEGO ZANCHETTA, EDUARDO REINA, FERNANDA ARANDA, MARCELO GODOY, MONICA CARDOSO, RENATO MACHADO, RODRIGO BRANCATELLI e WILLIAM GLAUBER

    FRASES

    Cláudio Lembo
    Secretário Municipal de Negócios Jurídicos

    “A transparência sempre causa terremotos, ninguém gosta da verdade. O que é mais importante? É saber as despesas da Prefeitura, dar publicidade aos gastos ou evitar que os números sejam publicados? Se você quiser, pode omitir, fazer como
    o Congresso, como o Senado”

    “Eventuais distorções podem ser corrigidas. Agora é o momento”

    C.. V.. A.. B… – PROCURADOR DO MUNICIPIO III = R$ 36.174,59 – SUBPROCURADORIA DE TRIBUTOS MOBILIARIOS-TAXAS MULT

    OS DOIS TEM A MESMA FORMAÇÃO. MAS A DIFERENÇA É GRITANTE.
    .
    PROCURADOR DO MUNICÍPIO – 36.174,59
    DELPOL 4 CLASSE -5 .202,52
    .

    Clique para acessar o SNJ.pdf

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    Clique para acessar o delegado%20policia.pdf

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  7. E OS PRECATÓRIOS JA GANHOS NUNCA SERÃO PAGOS POR SERRA E SEUS SECRETÁRIOS. VAMOS A LUTA PELO PAGAMENTO DOS PRECATÓRIOS.

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