Vídeo indica que sócio de ex-secretário negociava cargos na polícia de SP
DVD com denúncia está com o MPE; vaga no Detran custaria R$ 300 mil e absolvição em processo, R$ 100 mil Bruno Tavares e Marcelo Godoy
Um cargo no Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) valia R$ 200 mil ou R$ 300 mil. Uma absolvição em processo administrativo saía por R$ 100 mil.
Os valores constam de um vídeo de 1 hora, 3 minutos e 45 segundos de duração feito de maneira amadora por um investigador e seu advogado, em outubro de 2007.
Eles gravaram a conversa que tiveram com o advogado Celso Augusto Hentscholer Valente, ex-sócio e responsável pela manutenção do escritório de advocacia do ex-secretário adjunto de Estado da Segurança Pública, Lauro Malheiros Neto, no cargo à época.
link link TV Estadão: imagens com a conversa video link link
Entenda o esquema e o que era negociado link link
Acompanhe online a repercussão do caso Malheiros Neto pediu afastamento da secretaria em maio de 2008, após denúncias de ter supostamente beneficiado o investigador Augusto Pena. Preso por achaques contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), Pena recebeu o direito à delação premiada e tem feito uma série de acusações de corrupção policial.
Cópias do DVD – o áudio tem baixa qualidade e a legenda nem sempre acompanha o diálogo – estão nas mãos dos promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarulhos e de São Paulo.
O vídeo se junta às denúncias de Pena. Segundo o investigador, Malheiros Neto e Valente comandavam um esquema de venda de cargos e de sentenças de processos administrativos (PAs) para reintegrar e manter policiais corruptos na polícia – o adjunto assinava as decisões em nome do titular da pasta, Ronaldo Bretas Marzagão, de quem era homem de confiança.
Os promotores estão atrás do investigador e do advogado para ouvi-los.
A conversa entre o policial e o ex-sócio de Malheiros Neto – Valente cuidava do escritório de advocacia enquanto o amigo ocupava o cargo na secretaria – ocorreu em outubro de 2007 numa doceria nos Jardins, zona sul de São Paulo. Primeiramente, o investigador conta que procurou Lauro (Malheiros Neto) na Secretaria da Segurança e este pediu que ele procurasse Valente.
O policial queria ajuda para resolver o caso de um amigo que pagaria R$ 100 mil para se livrar de um PA. Valente demonstra insatisfação por ter sido procurado diretamente pelo amigo do policial.
O investigador pede então ajuda para seu caso, pois estava “naquela fita do jogo”.
Valente diz que o problema é grave e pergunta qual a acusação contra o policial e este responde: “288 (artigo do Código Penal sobre formação de quadrilha)”.
Valente então conclui: “A experiência já provou que essa fase de inquérito policial não vale b… nenhuma . Você passa por cima e f…” O único receio de Valente é o Palácio dos Bandeirantes (sede do governo paulista). “Se vier ordem do Palácio, não tem jeito.
É embaçado.” O investigador conta a Valente que muita gente estava falando sobre a suposta ajuda de Malheiros Neto ao investigador Augusto Pena .
Valente demonstra preocupação. “O que tão falando do Augusto?” O investigador responde: “Que o Lauro tá ajudando ele, que ele tá fazendo um monte de tri-li-li.” Valente conta que era advogado do então investigador Jamil Mansur, o Turcão, reintegrado à polícia três vezes, mesmo depois de ser expulso por decisão da Polícia Civil.
O advogado chega ao ponto de usar o nome do governador José Serra, dizendo que ninguém tinha ideia do “conceito que o ?Laurinho? tem com ele”.
Em seguida, Valente conta que, mesmo que os PAs venham do Conselho da Polícia Civil, “com parecer favorável” ao policial acusado, “aí ele (Lauro) vai falar. Esse tá na lista dele”… “Esse negócio de PA, parecer administrativo, é tudo baboseira. Ele (Lauro) resolve…
É um carimbo e um risco e já era.” Em sua denúncia, Pena contou ao Gaeco que Malheiros Neto e Valente ganharam R$ 300 mil de três policiais para reintegrá-los à polícia.
Quase no fim da conversa, o investigador e Valente combinam para que o policial arrume clientes (policiais acusados com PAs).
“Dá pra fazer bem feito(…) Não pode virar carne de vaca”, diz Valente.
O investigador pergunta então como se pode transferir um delegado do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) para o Detran.
Valente responde: “Você tem de pegar alguém que tem uns 200, uns 300 paus na mão, entende. Aí vale a pena.
” Pena disse ao Gaeco que três delegados pagaram de R$ 100 mil a R$ 250 mil pelos seus cargos.
A conversa termina com Valente contando como serão os pagamentos.
“Saiu no Diário Oficial, não deu, não paga.”
E diz: “É na hora. Dinheiro na mão, quando eu te telefonar, tem de ter o dinheiro.
” TRECHOS DA GRAVAÇÃO
A divisão Depois de propor trazer clientes (policiais acusados de corrupção), o investigador pergunta a Celso Valente como deveria ser feita a divisão da propina. Diz querer uma parte e a outra ficaria para o advogado e para o então secretário adjunto.
Valente responde: “Dá pra fazer bem feito… Eu acho o seguinte, eu acho que a minha intervenção aí, não que eu viva disso… é da OAB que eu vivo. Não pode virar carne de vaca.” Dinheiro vivo
Quase no fim da conversa entre o advogado e o investigador, Celso Valente tira as dúvidas do policial sobre o pagamento:
“Eu vou te explicar como é que vai ser. Presta atenção que eu vou falar. Você vai falar, pá, pá, pá. Se tudo der certo, quando chegar na mesa, na mão dele, certo?
Saiu no Diário Oficial, não deu, não paga nada. (…) É na hora. Não, não. Dinheiro na mão. Quando eu te telefonar tem de ter o dinheiro.”
Cargo no Detran O policial pergunta ao advogado como se faz para um delegado ir do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) para o Detran.
“Eu acho que o que você tem de fazer, você tem de pegar alguém que tem uns 200, 300 paus na mão, entende. Aí vale a pena. (…).
O policial então pergunta: “Quando for a hora, o que faz comigo?”.
Valente responde: “Eu te falei que o mínimo é 200 paus.
SINDICATO DOS LADRÕES!!!
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Vamos fazer os cálculos: 100.000,para não perder uma “carteira”,que em média vai te render 2.000 por mês,voce recupera o prejuízo em pouco mais de 4 anos.Isto, com a totalidade do seu salário.Aluguel,despesas da casa,alimentos, roupas,escola dos filhos,plano de saúde e etc e etc, são apenas detalhes.Fica pra depois.
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Ai eu pergunto ao Dr. Guerra:
Essa polícia tem solução?
Exite forma para desarticular essa quadrilha?
Eles pagarão pelos seus crimes?
O Sr. acredita no sistema?
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a resposta é:
reforma politica na esfera estadual e federal;
reforma do ordenamento juridico penal;
reforma da policia civil, com reestruturação e autonomia funcional;
eleição do delegado geral por TODOS os policiais civis;
reforma de delegacias, criação de novas delegacias, abertura de concursos, dobrando o efetivo, bem como, a aquisição de equipamentos e compra de viaturas descaracterizadas, com rastreadores para que não sejam usadas como veiculos particulares, pois policia judiciaria que desfila de viatura psicodélica nem em portugal existe;
corregedoria forte, atuante e autonoma;
e principalmente aumento salarial expressivo, equiparando a policia federal e policia civil do distrito federal;
em paralelo, investimento maçico na area educacional.
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Pessoal vamos fazer uma vaquinha para “comprar” o blog de volta?
Por cinquentinha acho que eles liberam.
Parabêns Serra isto que é capitalismo, vamos privatizar a policia.
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anônimo do 5:32..dai vc acordou e teve que trabalhar…rsrsrs
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Em rede nacional, ao vivo, nas redes Bandeirantes e Globo. Nos principais jornais, em todas as rádios, principalmente AM, que o povão ouve. Nunca mais teremos apoio para greve, reinvindicação salarial, pedidos para melhores condições de trabalho. O país inteiro ficará com a péssima impressão de sermos corruptos, ineficientes e, sempre, violentos.
ESTAMOS FUDIDOS.
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É 5:32, tu deve ter cheirado maconha ou fumado cocaina, rsrsrs, ou chegou no brasil (com b minusculo mesmo) ontem. Tu ainda não percebeu que essa bosta toda nunca mais vai ter jeito. Aqui ninguem respeita porra nenhuma, um bando de vermes de gravata mandando na gente e nós trabalhando pra deixar eles ricos. Correto, honesto, bonzinho, acaba no fim da vida esmolando pra comprar uma merda de remédio.
Ninguem respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação.
Eu sou um Zé Manépol mesmo……..mas to começando a fazer minha poupe, pra ir embora desse lixo chamado puliça cervil
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E ainda teve um monte de idiotas que à época falou que não vazou o gabarito do concurso p/ investigarista, que é um concurso sério, bando de ingenuos. Desde que entrei nessa bosta vendem o gabarito das provas, por isso que entra um monte de porcaria nessa puliça. Venda de cadeira, gabarito, chefia, que nojo.
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