Na semana passada, o delegado Carvalho tomou o depoimento dos policiais acusados por Pena de ameaçá-lo. Fez mais. Foi atrás de cópias dos processos administrativos cujas sentenças supostamente foram negociadas em troca de até R$ 300 mil de propina – Pena afirmou que levava o dinheiro em mãos para Malheiros Neto e para Celso. No mesmo dia, Carvalho enviou as cópias ao Ministério Público Estadual (MPE), conforme lhe havia sido requisitado. Há 40 anos na polícia, o delegado de classe especial foi pego de surpresa ontem. Soube pelo Diário Oficial que havia perdido o cargo de diretor da Divisão de Operações Policiais (DOP), da corregedoria.
Constrangido e magoado, o homem que já chefiou departamentos importantes da polícia e foi o responsável em 1994 pelo inquérito que provou que os donos da Escola de Base haviam sido acusados injustamente, recebeu a solidariedade de amigos. Disse a eles que sempre cumpriu com seu dever.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a saída de Carvalho foi uma mudança de rotina. Para seu lugar, foi escolhido Roberto Avino, que trabalhava no Centro Integrado de Inteligência em Segurança Pública (CIISP). Criado por Marzagão, o setor reúne e analisa informações de inteligência das Polícias Civil e Militar e é vinculado ao gabinete do secretário.
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O doutor ROBERTO AVINO – já que trabalhava diretamente vinculado, ou seja, na prática, subordinado ao acusado de vender cargos e indulgências administrativas para corruptos – aceitando o cargo jogará sobre si a mancha da SUSPEITA.
A Secretaria, com tal remoção, aparentemente não quer apuração, quer acomodação.
E a Corregedoria Geral é aquilo que estamos cansados de saber – nos últimos 7 anos, especialmente – órgão de PUNIR POLICIAL POBRE.
Aliás, se o Corregedor Geral for cortar na própria carne, possivelmente, não lhe sobrará do próprio sangue.
TUDO COMIGO.
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E o que vc merece Dr Gerson.
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