2ª DELEGACIA DO DENARC SERÁ INVESTIGADA PELO SUPOSTO RECEBIMENTO DE 40% DE 300 MIL DÓLARES

Inquérito investiga recebimento de propina

 

A Corregedoria Geral da Polícia Civil de São Paulo informou nesta sexta-feira que irá abrir um inquérito para apurar se policiais civis receberam propina para manter o colombiano Ramón Manuel Yepes Penago, foragido no Brasil. O colombiano estava preso em São Paulo desde 2008, registrado como mineiro.

O traficante colombiano disse em depoimento informal à Polícia Federal que pagou cerca de US$ 300 mil (R$ 687 mil) a policiais da 2ª delegacia do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) para não ser preso.

Em nota enviada à imprensa hoje, a DGP (Delegacia Gerald de Polícia) diz que quer apurar como o traficante teve acesso aos documentos falsos –que o mantiveram no Brasil– e se, de fato, policiais civis receberam dinheiro para mantê-lo no Brasil.

Yepes é apontado pela polícia da Colômbia e pelo DEA (a polícia anti-drogas dos Estados Unidos) como parceiro do diretor financeiro de Abadía. Na última semana, a Polícia Civil de São Paulo apresentou-o à imprensa como se fosse Carlos Ruiz Santamaria, integrante do Cartel de Calí e procurado na Espanha.

Porém, a verdadeira identidade de Yepes foi estabelecida depois que fotos dele circularam pelo mundo. Ele é conhecido como El Negro, apesar de ser branco. Yepes é procurado pelas polícias da Colômbia, dos EUA, da Espanha e da Alemanha. Ele é acusado de tráfico, homicídio, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Penagos afirmou ainda que o colombiano mantinha cerca de 70 milhões de euros (cerca de R$ 208 milhões) em uma picape, em um prédio nos Jardins, zona sul de São Paulo. (Folha online 13/02/09)

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60 %   ( luva ).