Protógenes diz que ensinou como pedir impeachment
Antes de entrar para a Polícia Federal em 1998, o delegado Protógenes Queiroz teve uma carreira de sucesso como advogado. Uma de suas vitórias foi em 1992 quando conseguiu o impeachment do então prefeito de São Gonçalo (RJ), Aires Abdala. Na época, ele era procurador-geral do município.
Segundo o delegado, o advogado Evandro Lins e Silva [1912-2002], que patrocinou o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, inspirou-se neste caso para conseguir que a votação no Congresso fosse aberta. Para a estrela da Operação Satiagraha, a lei que regula o impeachment foi uma criação “da ditadura militar”. Na verdade, a Lei 1.079, do impeachment, é de 1950, durante o governo do general Eurico Gaspar Dutra, no breve hiato democrático entre o fim da ditadura Vargas e o início da ditadura militar pós 1964.
“O doutor Evandro Lins e Silva, no impeachment do Collor, o que fez? Adotou. O processo já estava consolidado. O prefeito tinha que ir pra rua. Aí, no processo do Collor houve a mesma coisa. Perante o Supremo Tribunal Federal consolidou o processo. Percebeu-se que o mais democrático era o voto aberto.”
As revelações do delegado Protógenes Pinheiro Queiroz, que entrou para o hall da fama ao liderar a Operação Satiagraha, fazem parte de longa entrevista concedida à revista Caros Amigos de dezembro. Participou da entrevista uma equipe com tarimbados jornalistas da revista: Mylton Severiano, Marcos Zibordi, Camila Martins, Fernando Lavieri, Palmério Dória, Wagner Nabuco, Renato Pompeu, Bruno Versolato e Amancio Chiodi. Sentindo-se muito à vontade, o inimigo número 1 do banqueiro Daniel Dantas e cavaleiro andante da luta contra a corrupção no Brasil falou de seus grandes feitos desde a infância, passando pela advocacia privada e, evidentemente, como super-delegado da Polícia Federal.
Como advogado, Protógenes garante ter tido grande desempenho. Durante um tempo, ele diz que foi advogado da comunidade francesa do Rio de Janeiro. Chegava a ganhar de US$ 30 mil a US$ 50 mil por mês. “Tem momentos que você cuida da sua vida, tem momentos que você olha e vê que falta muito a construir. Não adianta construir pra si, senão você vai viver numa ilha”, diz o ex-advogado para justificar a entrada na Polícia Federal. “Abandonei a burguesia e fui ser funcionário público”.
Em um processo de R$ 60 milhões contra a construtora Queiroz Galvão e o Estado do Rio referente à construção do Metrô do Rio, Protógenes diz que ganhou na primeira e segunda instância. Segundo ele, a ação está no Superior Tribunal de Justiça. A ConJur encontrou no acompanhamento processual processos no STJ patrocinados pelo advogado Protógenes Pinheiro Queiroz, mas nenhum com a Queiroz Galvão.
Protógenes não cita na entrevista entre as suas vitórias como advogado o processo em que atuou em causa própria. Reprovado nos exames físico e psicotécnico para o concurso da PF, o delegado só conseguiu tomar posse graças a uma decisão da Justiça Federal do Rio.
Palmério Dória — Você vai ficar riquíssimo?
Nessa época comprei um Gol zero.
E o carro para a poucos metros, em frente a uma agência do Banco do Brasil. Vi um cartaz de concurso pra Polícia Federal. Delegado, agente, perito.
Falei “hum… o caminho é esse”.
Passei, escondido da sócia, não ia entender como eu ia largar uma carteira que ganhava de 30 a 50 mil dólares por mês, pra viver de salário de funcionário público.
Tem momentos que você cuida da sua vida, tem momentos que você olha e vê que falta muito a construir.
Não adianta construir pra si, senão você vai viver numa ilha.
Palmério Dória — Era uma Policia Federal comprometida com…
Era uma guarda pretoriana do regime militar.
Mylton Severiano — Você acha que apuraram seu passado?
Acredito que sim. E fui chamado em 1998. Abandono as delícias da burguesia e vamos ser funcionário público.
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Um cara que ganhava de 30 a 50 mil dólares por mês ( como advogado ), verdadeiramente, jamais aceitaria SUBORNO DE UM MILHÃO .
Depois de ler a entrevista da revista “Caros Amigos”, haverá quem passe a gostar do DANIEL DANTAS.
E desgostar do “Delegado Protógenes”.
Só faltou-lhe encerrar a matéria com a seguinte frase: É MENTIRA TERTA?
VÉERRDAAADI!
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Caros Colegas…
Acaso alguém possa, qual o argumento utilizado pelo douto Protógenes para conseguir sua aprovação no concurso da PF, visto reprovação em exames físicos e psicotécnico, conforme relatou a matéria.
Um forte abraço a todos!
Paz e bem!
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PRISÃO AOS IMPUROS, VENDIDOS E COMODAMENTE OMISSOS!!!!!!!!!
POR UMA OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS NA PC / SP!!!!!!!!!!!!!!
TABA – EX VOCACIONADO DE POLÍCIA.
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Este é o PSDB que você não vê na TV…
http://video.google.com/videoplay?docid=-4282345827147197000&ei=s1p8SdbDMIH6qgLW-L2pBQ&q=o+psdb+que+voce+n%C3%A3o+ve+na+tv
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Eu acho que as pessoas não devem se esquecer de tomar sua dose diária de risperidona. Abandondar o tratamento as vezes pode resultar e manias de grandezas, elocubrações diversas e principalmente nos delírios persecutórios. O quadro é tipico incluindo estresse pós-traumático. A coisa pode evoluir até a necessidade de ter que usar um chapéu de Napoleão. Caso que se assucedeu em 1929….. mentira, Terta ????????
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Um portador entregou hoje, segunda-feira, dia 26 de janeiro, a seguinte representação na sede da Polícia Federal, em São Paulo.
Quem recebeu foi D. Leonice, secretária do Superintendente da PF em São Paulo, Dr Leandro Daiello Coimbra
A representação foi protocolada às 10H55M, sob o número 08500.000346/2009-25
Exmo. Senhor
Superintendente da Polícia Federal no Estado de São Paulo
Delegado de Polícia Federal Leandro Daiello Coimbra
N E S T A
Senhor Superintendente,
Paulo Henrique Amorim, jornalista, … vem à presença de V.Exa. para expor e requerer o que segue:
O requerente e membros de sua família têm sofrido ações de espionagem, perseguição e grampo telefônico por parte de indivíduos que atuam a mando do banqueiro Daniel Valente Dantas e do governador José Serra. A ação desses indivíduos visa intimidar a atuação profissional do requerente, cuja cobertura jornalística noticia atos prejudiciais à sociedade praticados por Dantas e Serra.
Diante do exposto, e em atendimento à solicitação do Exmo. Ministro da Justiça, dr. Tarso Genro (conforme correspondência anexa) o requerente solicita de V.Exa. sejam adotadas as providências necessárias para apuração dos fatos e punição dos envolvidos.
São Paulo, 26 de janeiro de 2009
Paulo Henrique Amorim
Este foi o e-mail que o Ministro da Justiça enviou a Paulo Henrique Amorim:
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