Serra esqueceu perseguição política, diz defesa de Battisti16 de janeiro de 2009 • 20h45 • atualizado em 16 de janeiro de 2009 às 21h08
O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, um dos responsáveis pela defesa do escritor italiano Cesare Battisti – que teve esta semana refúgio político concedido pelo governo brasileiro – criticou a postura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), autor de críticas ao ato assinado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. “Eu acho que o Serra está se esquecendo do que é uma perseguição política”, disse.
Ontem, Serra admitiu “não conhecer detalhes” do processo, mas afirmou que lhe parecia um “exagero o asilo dado”, com base no que acompanhou pela imprensa.
“Ele foi perseguido, esteve exilado no Chile. Seu principal assessor, Aloísio Nunes Ferreira, foi tachado como terrorista procurado”, afirmou Greenhalgh, em referência ao período que Serra foi exilado político na Bolívia, Uruguai e Chile durante os anos da ditadura militar no Brasil (1964-1985). “Lamento esse tipo de opinião distante, de quem não conhece o processo.”
“O Serra deve saber que não se fala sobre assunto que não se conhece, nem se senta na cadeira antes. Não aja como presidente da República, se metendo em assuntos que não lhe dizem respeito”, acrescentou o advogado, ex-deputado federal pelo PT.
Greenhalgh se disse “chateado”, ao argumentar que estaria disposto a prestar qualquer esclarecimento a Serra sobre o processo de extradição de Battisti, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
O escritor italiano está preso desde 2007 na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, e foi condenado na Justiça italiana a cumprir pena de prisão perpétua em duas sentenças. Ele teria sido o autor de quatro assassinatos, entre 1977 e 1979, quando era militante comunista.
Apesar do refúgio concedido pelo governo brasileiro, Battisti só poderá ganhar liberdade após o STF revogar sua prisão preventiva. Hoje, o presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, solicitou parecer à Procuradoria Geral da República (PGR) antes de decidir sobre a petição de soltura protocolada pela defesa do italiano. Battisti ficará preso até que a PGR emita o parecer, não havendo prazo legal estabelecido para essa emissão.
Agência Brasil
Lula não manda:
Gilmar vai extraditar Battisti
17/janeiro/2009 12:46
O condottiere Gilmar Dantas (segundo Noblat) acha Genro um parvo
. O Presidente que tem medo pensa que manda.
. E mandou Tarso Genro, o Ministro Abelardo Jurema da Justiça, soltar o criminoso italiano Cesare Battisti, acusado na Itália de matar quatro pessoas – em atos que não tinham nada a ver com a condição de militante político.
. Apesar da gritaria oficial, o primeiro Ministro Silvio Berlusconi adoraria ficar livre de Battisti – essa foi uma das razões para Lula deixar Battisti abrir uma pizzaria em Brasília.
. A outra razão foi dar um upgrade em “Gomes”, o Luiz Eduardo Greenhalgh, lobista de Daniel Dantas que deu o empurrão final na BrOi, com o acesso que tinha – e tem – aos gabinetes de Dilma Rousseff e Gilberto Carvalho.
. O “Gomes” é advogado de Battisti.
. Outro motivo da decisão foi dar um upgrade em José Dirceu.
. Um recado para dentro da máquina trevosa do PT e dizer que Dirceu ainda manda e prá burro, especialmente agora que detém os recursos de campanha oriundos da BrOi.
. O upgrade de José Dirceu tem a forma de uma súplica: o Ministro Tarso Jurema Genro implora ao líder máximo do PT o direito de ser candidato a Governador do Rio Grande do Sul.
. Tarso já sabe: foi Dirceu quem boicotou a sua patética gestão de presidente do PT, depois da queda de José Genoino.
. Dirceu não quis e Tarso dançou.
. A patranha Battisti estava armada.
. O Governo italiano esbravejou.
. O PiG(*) aproveitou para bater no Governo do Presidente Lula, e Battisti fazia as malas para sair da Papuda.
. Ledo engano.
. Seria assim, quando o Presidente da República chefiava o Executivo, segundo a Constituição brasileira.
. Seria.
. Depois que o ínclito delegado Protógenes Queiroz sofreu um atentado – e os corajosos Juiz De Sanctis e o Procurador De Grandis mandaram Dantas duas vezes para a cadeia, houve o Golpe de Estado da Direita, liderado pelo condottiere – Gilmar Dantas, segundo Ricardo Noblat.
. O presidente que tem medo caiu.
. Não foi deposto.
. Ele caiu para dentro, impulsionado por si mesmo, para trás, movido pela força incontrolável do medo.
. O comício da Central do Brasil, o discurso no Automóvel Clube foi quando Gilmar Dantas, segundo Noblat, disse que chamaria o presidente que tem medo “às falas”.
. E o presidente que tem medo foi.
. Tudo por causa de um grampo sem áudio, uma espécie de Carta Brandi moderna.
. A partir daí, o Supremo Presidente preside o Supremo, o Executivo e manda no Legislativo: ele criou o Judiciativo.
. O Presidente que tem medo e o ministro Abelardo Jurema da Justiça pensavam que iam manter Battisti no Brasil, livre.
. Segundo a Folha (**), “Para presidente do STF, decisão de Tarso Genro é ‘ato isolado”
. Ou seja, não adiantou nada Tarso Jurema Genro se ajoelhar diante dEle.
. Ele não perdoa: manda !
. Segundo o Estadão , “Mendes atrasa libertação de Battisti e STF pode rever caso”
. Gilmar Dantas, segundo Noblat, emitiu Ato Institucional em que diz (naquele português que agride a compreensão): “ … a necessidade de atestar a plena identidade entre os fatos motivadores de reconhecimento da condição de refugiado e aqueles que fundamentam o pedido de extradição…”
. Ou seja, o parvo do Genro não provou que esse assassino vulgar mereça ficar no Brasil.
. Para defender a decisão, antes de ir à Bolívia, o presidente que tem medo disse que tinha tomado uma decisão “soberana”.
. Engano: soberano é Ele.
. Leia no site da Carta Capital o editorial de Mino Carta e a reportagem de Cynara Menezes sobre o assunto
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