O USO POLÍTICO DOS POLICIAIS MILITARES

2/OUT – O USO POLÍTICO DOS POLICIAIS MILITARES> > > > O Governo vem há muito tempo negligenciando os Policiais Militares na> questão salarial, no Estado mais rico da Federação, fazendo com que> individualmente o policial se transforme num depositário de> frustrações e num verdadeiro contensor de pressão, já que é submetido> ao terror dos bandidos, via criminosos comuns e crime organizado.> > > A frustração contida individualmente, pode se expressar em> agressividade, como uma reação natural do ser humano, (Dollaral e> Muller, 1935 toda agressão resulta de uma frustração).> > > O Policial Paulista esta vivendo a duras penas, suportando a alta> frustração individual, que como um rastilho de pólvora, está evoluindo> rapidamente para frustração coletiva. Sabemos que nas nações, a> frustração coletiva, leva inevitavelmente, a revoluções e as mudanças> políticas. Na classe policial, até agora as reações a essa imposta> frustração tem sido dentro da Lei, inclusive pelo que estabeleceu o T.> R. T. Pergunta-se, até onde os policiais se conterão, pois quando não> se percebe por parte do governo, saída ou nenhum mecanismo que alivie> a tensão as reações defensivas naturais, tendem a comportamentos> imprevisíveis.> > > O Governo fala no uso político da greve dos policiais civis, mas o que> se vê é o contrário, é ele quem utiliza os policiais politicamente,> pois, contrariando a Constituição Federal, determina como verdadeiro> quebra galho político, que os PM passem a realizar atividades> específicas dos P. C.> > > Os PM e os PC, vivem na linha de fogo permanentemente e para se> complementarem não necessitam da ordem do Governo, que vem em momento> de desprezo da lógica e do bom senso, apelando para que em nome da> população, os policiais mais uma vez se transformem em quebra galho> político. Diante da perda do poder intimidativo do Estado, a> insegurança cresce os bandidos se tornam ousados, só restando contra> eles o peito e o sangue dos policiais, únicos trabalhadores que tem> como instrumento de trabalho uma arma carregada, mas desarmados contra> a injustiça e o desprezo dos governantes.> > > A imprensa sadia e lúcida, capaz de interpretar, com exatidão o atual> momento de tormento dos policiais e da população, tem se manifestado> de modo a promover o entendimento, assim temos a satisfação de citar “> A greve dos escrivães, investigadores e delegados da Polícia Civil de> São Paulo, que já entrou no décimo dia, agravou-se ainda mais com o> apoio dado aos grevistas pelas entidades que representam os oficiais> da ativa e da reserva da Polícia Militar. Em nota oficial, as> entidades classificam como “justas” as reivindicações dos policiais> civis, pedem o reexame da política salarial no setor de segurança> pública e afirmam que, depois de ter comprado 10 mil armas e 2 mil> viaturas, o governo estadual agora tem de investir em capital humano.> A nota também afirma que todas as corporações policiais do Estado de> São Paulo estão “trabalhando no limite”, recebendo salários> incompatíveis com o grau de periculosidade das atividades que exercem,> uma vez que têm de enfrentar criminosos cada vez mais audazes e> violentos. (…)> > > A nota das entidades de oficiais da ativa e oficiais reformados da> Polícia Militar também acusa o governo estadual de recorrer ao> expediente das gratificações “como forma de evitar aumentos reais”. (O> Estado de S. Paulo-25Set08 – pg A3).> > > > Em, 30 de setembro de 2008> > > Cel. Res. PM Hermes Bittencourt Cruz> Presidente da Associação dos Oficiais da Reserva e Reformado da PMESP