Ontem, sexta-feira, por volta do meio-dia houve uma grande concentração na Praça Mauá, centro comercial de Santos, frente o Paço Municipal, com inflamados discursos e um número expressivo de policiais, desde delegados da ativa, aposentados e todas as categorias operacionais.
Discursaram vários policiais, tendo participado o deputado-major Olimpio Lima, o presidente da CUT regional, o presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil de Santos, Décio Clemente, o organizador do movimento.
O deputado de São Vicente, Luciano Batista, também discursou e disse que embora pertença ao partido do governo ele apoia integralmente a greve da polícia civil.
Dos policiais, o colega Marcelo Marinho discursou e arrancou aplausos pela veemência com que tratou da greve e da maneira como está se portando o diretor do Deinter 6, Waldomiro Bueno, muito criticado por todos os presentes.
A investigadora, Mariluce , que comparece a todas as manifestações, inclusive em São Paulo e discursa em todas, também falou duramente contra o diretor, afirmando que ele chamou todos os policiais de imbecís e que isso era na verdade ofensa à Instituição.
O deputado Major Olimpio Lima, entre muitos tópicos tratados no discurso, disse que o diretor Waldomiro Bueno não sabia mas toda a sua reunião com os delegados fora gravada, tendo por isso conhecimento das ofensas que lhe dirigiu.
Ao presidente da Associação dos Delegados, delegado Sergio Roque, delegados que estiveram na reunião com o diretor Waldomiro Bueno informaram que ele mencionou que o mesmo era seu amigo mas só conversa com ele quando está sóbrio, numa referencia pouco elogiosa de que o colega é consumir de álcool.
A passeata percorreu o centro comercial e depois fez uma parada defronte o Palácio da Polícia, onde mais discursos repelindo o governo, o secretário Marzagão e o Conselho da Polícia Civil e criticando a postura do diretor do Deinter 6 foram feitos, fogos pipocavam e uma multidão de policiais acompanhava o carro de som.
Em seguida foi à Praça José Bonifácio, parando defronte a sede da OAB de Santos, oportunidade em que o advogado José Carlos Lourenço, vice-presidente local e representanto a entidade, entregou uma carta de apôio ao movimento dos policiais.
Na mesma praça, o carro de som e policiais pararam defronte o Forum, onde novos discursos foram feitos, entre eles do presidente da associação dos servidores do Judiciário, que disse que sua entidade apoiava a greve da polícia civil e que o governo José Serra vem destruindo o funcionalismo público estadual, inclusive o do Judiciário.
Estiveram presentes representações de policiais de vários municípios além dos que compõem a Baixada Santista, Santos, Cubatão, São Vicente, Cubatão, Bertioga e Guarujá, vieram também de Itanhaém e Peruibe.
A passeata foi vista como de grande sucesso, tendo superado as expectativas dos organizadores e policiais.
Antonio Claudio Bonsegno
Santos, 3 de outubro de 2008.
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Esta matéria sobre a manifestação foi encaminhada para dipol@flitparalisante.com.
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Acabar com a separação entre policias Civil e Militar, reforçar os trabalhos das Corregedorias, mudar os registros de “autos de resistência” e “resistência seguida de morte” e aumento de salários aos policiais são outras recomendações constantes, segundo o texto.
A Organização das Nações Unidas (ONU) pede uma “reforma completa” da polícia no Brasil e apela para que os políticos dêem demonstrações que não vão tolerar abusos. Entre as quase 50 receitas apresentadas hoje pelas Nações Unidas, a entidade quer que cada disparo dado por um policial seja registrado, cada munição controlada e o fim do corporativismo. “O escopo das reformas necessárias é assustador e intimidante, mas a reforma é possível e necessária”, apontou Philip Alston, relator da ONU.
Um dos problemas centrais é o da impunidade de policiais. No Rio de Janeiro e em São Paulo, por exemplo, apenas 10% dos homicídios chegam à Justiça. Em Pernambuco a taxa é de aproximadamente 3%. Dos 10% que são julgados em São Paulo, estima-se que metade seja condenada. Esses números são ainda menores nos casos em que há o envolvimento de policiais.
Segundo a ONU, investigações de mortes cometidas por policiais não são feitas e as evidências são retiradas dos locais dos crimes. “Em Pernambuco, por exemplo, os promotores encontraram 2 mil inquéritos que haviam sido deixados em delegacias e não encaminhados ao Ministério Público sobre assassinatos. Os inquéritos ficaram nas delegacias mais de 20 anos – período superior ao prazo para a prescrição – e, portanto não era mais possível levar os casos a julgamento”, alertou a ONU.
A entidade também destaca que o Instituto Médio Legal (IML) não é suficientemente independente da polícia e pede sua total autonomia. A ONU atacou também a lentidão do sistema judiciário. “Um sistema judicial moroso cria impunidade para os crimes graves. Esse problema é exacerbado pela tendência de alguns juízes de adiar os processos dos casos que implicam a polícia e outros atores poderosos, e controlarem os seus cartórios de modo a dar prioridade aos processos civis sobre os penais”, afirmou.
A ONU ainda pede mais controle em relação às atividades da polícia. “Muitos policiais acusados de crimes graves não apenas aguardam o inquérito em liberdade como continuam exercendo normalmente as suas atividades. Isso possibilita ao policial intimidar testemunhas e aumenta a percepção da comunidade de que existe impunidade para os assassinos policiais e, em contrapartida, reduz a vontade das testemunhas de prestar depoimento”, declarou a ONU
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/15092008/25/manchetes-onu-pede-reforma-completa-da-policia-brasileira.html
Em outra página na folha online há outro longo texto sobre o assunto. Postarei aqui as recomendações feitas pela ONU e que estão postadas lá.
RecomendaçõesEntre as sugestões dadas aos governantes e responsáveis pela segurança pública em todas as esferas, o relatório menciona que é necessário se criar tolerância zero em relação ao uso excessivo de força.
As megaoperações em favelas deveriam ser evitadas pelo governo do Rio, segundo o texto. Em vez de incursões pontuais, o relatório cita a necessidade de manter a presença policial em áreas controladas por gangues.
Nem a SEDH/PR (Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República) escapa das críticas. O conselho recomenda que a pasta crie e mantenha um banco de dados sobre violações de direitos humanos cometidas pelas polícias.
Acabar com a separação entre policias Civil e Militar, reforçar os trabalhos das Corregedorias, mudar os registros de “autos de resistência” e “resistência seguida de morte” e aumento de salários aos policiais são outras recomendações constantes, segundo o texto.
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Indicaçao de DGP pela classe policial não significa nada vejam.
Acho que vale um tópico: “AMAZONAS – IRMÃO DE SECRETÁRIO É O NOVO PROCURADOR-GERAL – O promotor Otávio Gomes foi escolhido pelo governador Eduardo Braga (PMDB) para o cargo de procurador-geral de Justiça do Estado. Ele foi o candidato menos votado na lista tríplice encaminhada pelos membros do Ministério Público Estadual no dia 9 deste mês. Gomes é irmão do secretário de Esporte do Estado, Lupércio Gomes” (O Estado de São Paulo, 28/9/08).
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PM investiga POLICIA CIVIL.
http://oglobo.globo.com/sp/mat/2008/10/04/pms_investigam_policiais_civis_em_greve-548551580.asp
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