RUIM COM A POLÍCIA CIVIL, PIOR AINDA SOB O MODELO NEOLIBERAL QUE TENDE A TRANSFORMAR UM ÓRGÃO TRADICIONALMENTE POLICIAL CIVIL EM AUTARQUIA.
ALIÁS – PARA CONSOLO OU DESESPERO – TUDO AQUILO QUE É RUIM DENTRO DA ESTRUTURA DA POLÍCIA CIVIL, ACABA EM DESASTRE NOUTRAS MÃOS.
A VERDADE: CORRUPÇÃO POLICIAL É CONSEQÜÊNCIA POLÍTICA.
É RESULTADO DA VONTADE GOVERNAMENTAL.
O POLICIAL NÃO INVENTA, NÃO CRIA A CORRUPÇÃO…
É ARRASTADO PELAS DIRETRIZES DO GRUPO DE PODER.
INCABÍVEL ESTE PARADOXO: ‘na melhor das hipóteses, houve omissão. ‘Não é possível alguém ter policiais agindo desse jeito e não saber’, disse Geraldo Alckmin (quando, em 2001, substituiu a Diretoria do Denarc, mas sem tocar na composição estrutural do órgão).
Posto que – na melhor das hipóteses – conforme sua própria argumentação (aliás, uma falsa analogia) – todo “administrador público”, “quaisquer autoridades”, acabarão reputadas omissas ou coniventes com todas as irregularidades encontradas no âmbito das respectivas gestões.
O regresso ao infinito.
Todavia – GERALDO ALCKMIN, de maneira histórica, involuntariamente- promoveu a anarquia dentro da Polícia Civil.
Anarquia que não teve início, por exemplo, numa carceragem e acabou se estendendo ao gabinete do Delegado Geral.
A anarquia na Polícia Civil de São Paulo decorreu da manutenção do ex- Delegado Geral e do seu auxiliar imediato, quando pilhados, no ano de 2003, em conversação tratando do vazamento de interceptações telefônicas de determinado diretor de um DEINTER.
Por outro aspecto, quanto ao nefasto episódio, a Assembléia Legislativa – por mero espírito de emulação com relação ao bloco opositor – deu total prestígio ao inquinado DELEGADO GERAL.
Ora, mesmo que inocente penal e administrativamente, os palavrórios na conversação, por si, eram suficientes para que fosse exonerado do maior cargo policial deste Estado.
O ex-governador não vislumbrou que a “segunda oportunidade”, o “voto de confiança” dado ao Delegado Geral acarretaria atos de corrupção jamais vistas; com total descrédito e desprestígio interno e externo da cúpula da Polícia Civil.
Chegando-se ao limite insuportável de se comparar o Conselho a uma “quadrilha”.
Assim, do Governador – no que tange a sua responsabilidade – verificam-se duas hipóteses:
PERMITIA OS DESVIOS DA CÚPULA ( apenas da cúpula);
OU NUNCA TEVE CONDIÇÕES – INTERNAS E EXTERNAS – DE REPRIMIR OS DESVIOS.
ENTENDA-SE: A CORRUPÇÃO INSTITUCIONALIZADA NOS MOLDES DE PIRÂMIDE INVERTIDA.
Pior: vislumbrando-se dela tomar proveito as bases governistas na Assembléia Legislativa.

Como profissional , vivendo o dia-a-dia frustrante de da atividade policial, vendo “colegas” com pescoços e punho senvoltos em quilos de ouro; “colegas” fugindo de ocorrências refugiando-se em seguros estacionamentos de shopping-centers; preservando locais de “maquininhas” enquanto o rádio berra:-“…papa-charlie baleado no morro da Kibom…” (e os caras, impávidos,cinco “tiras”, como se não tivessem nada com isso…)(isso aconteceu mesmo.Chegaram no local quarenta minutos depois, e lá permaneceram até o fim da ocorrência…!), é reconfortante acessar este Blog.
É a prova de que nem tudo está perdido.
Bravo Delegado!
Que o Sr. saiba (e sabe!)que não somos muitos, mas somos essenciais.
Deitar na cama, dormir o sono dos justos;acordar, beijar a esposa e os filhos olhando em seus olhos, e tendo a certeza no coração que somos a base que sustenta nossa querida Polícia Paulista, não em preço.Não há salário que pague esta sensação.
“Per ardua ad astra”
Deus te abençõe
Marcos Manocchi
Fotopol IC-Santo André
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